Moraes deu 24 horas para que o PL inclua informações sobre o funcionamento das urnas no primeiro turno, fato que não foi objeto da auditoria do Instituto Voto Legal e do Partido Liberal.
No mesmo momento em que o Partido Liberal realizava uma coletiva para anunciar que deu entrada em um processo pedindo a invalidação de mais de 200 mil urnas eletrônicas por um suposto mau funcionamento, o ministro Alexandre de Moraes (TSE) divulgou um despacho deixando claro sua intenção de não investigar nada que se refira ao Sistema eletrônico de Votação.
Moraes deu 24 horas para que o PL inclua informações sobre o funcionamento das urnas no primeiro turno, fato que não foi objeto da auditoria do Instituto Voto Legal e do Partido Liberal.
“As urnas eletrônicas apontadas na petição inicial foram utilizadas tanto no primeiro turno quanto no segundo turno das eleições de 2022”, inicia o presidente da corte eleitoral. “Assim, sob pena de indeferimento da inicial, deve a autora aditar a petição inicial para que o pedido abranja ambos os turnos das eleições, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas.”
A decisão de Moraes tenta colocar o PL em uma “sinuca de bico”, pois o questionamento do primeiro turno colocaria o partido contra o resultado que elegeu deputados, senadores e governadores do próprio PL.
A atitude só sinaliza que a auditoria está no caminho certo.