Fernando Haddad tentou dividir a culpa afirmando que o alcance de metas fiscais demanda, destacando que tal resultado não emerge exclusivamente dos desejos da Presidência ou do Ministro da Fazenda, mas sim do trabalho conjunto com outros setores e poderes

O governo Lula não para de bater cabeça quando o assunto é economia. Em contradição à afirmação anterior do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o déficit zero nas contas públicas até 2024, o vice-presidente Geraldo Alckmin salientou que ainda não há um prazo estabelecido para tal decisão. 

A divergência de perspectivas entre membros do Executivo sobre o alcance deste objetivo fiscal reflete uma falta de liderança e direção de um governo que precisa gastar mais do que arrecada para se sustentar no poder.

Neste mesmo dia, Fernando Haddad tentou dividir a culpa afirmando que o alcance de metas fiscais demanda, destacando que tal resultado não emerge exclusivamente dos desejos da Presidência ou do Ministro da Fazenda, mas sim do trabalho conjunto com outros setores e poderes. Ainda que a manutenção da meta tenha sido confirmada por Haddad, as declarações anteriores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que sugeriam uma possível dificuldade em atingir o déficit zero, sinalizaram uma abertura para discussões sobre a revisão desses objetivos fiscais. 

Esta abertura, por sua vez, parece ter ecoado no Congresso Nacional, gerando expectativas acerca da condução fiscal do governo.

A preocupação com a responsabilidade fiscal permanece no cerne das discussões do governo federal, conforme afirmou Alckmin, ressaltando o compromisso com a estabilidade econômica e a rede de proteção social, apesar da ausência de um consenso sobre a meta fiscal do próximo ano. Especialistas avaliam a possibilidade de ajustes na Lei de Diretrizes Orçamentárias que poderiam estipular um déficit entre 0,25% e 0,5% do PIB. Em meio a tais considerações e expectativas, a comunidade econômica e os cidadãos aguardam uma definição clara e concisa por parte do governo.