Foto: Divulgação: Agência Brasil

Antes do anúncio, por diversos prefeitos e gestores municipais, que insistiam que o reajuste deveria ser, no máximo 7%

O reajuste de 33,24% no piso salarial dos professores da educação básica (magistério) de todo o país está deixando os prefeitos e adversários políticos de Jair Bolsonaro inconformados, e a ordem agora é tentar impedir, a qualquer custo, o repasse.

Há  inclusive um vídeo que já viraliza nas redes sociais, em que Bolsonaro revela que foi pressionado, antes do anúncio, por diversos prefeitos e gestores municipais, que insistiam que o reajuste deveria ser, no máximo 7%.

A Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) já estuda a possibilidade de entrar na Justiça para reduzir o índice, na marra, ainda que o presidente da República tenha determinado tudo ‘dentro das quatro linhas’, como ele mesmo diz, aprovando o máximo de aumento possível, observando o que prevê a Lei nº 14.276/2021, de 27 de dezembro de 2021, chamada de Novo FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).

A alegação dos prefeitos, é que ‘há dúvida sobre a vigência das regras”, e que, segundo eles, nem mesmo o Ministério da Educação (MEC) teria certeza dos prazos para aplicação. Fica escandarado, entretanto, que o que eles querem mesmo é fugir da obrigação de arcar com os bilhões que serão repassados para os bolsos dos professores, historicamente muito mal remunerados e que, agora, passarão a ter um salário base que garante um mínimo de dignidade.

Outro ‘pavor’ que passa pela mente dos prefeitos e, principalmente pela cabeça dos adversários do presidente, considerando que estamos em ano eleitoral, é o ‘retorno político’ instantâneo que terá Bolsonaro, assim que milhares de professores passarem a receber seus novos salários, principalmente nas cidades do interior, onde a militância política em sala de aula e nos corredores das escolas ainda encontra resistência.

Sem fugir das regras e respeitando o cidadão, o reajuste foi uma verdadeira ‘jogada de mestre’ de Bolsonaro.

E vale destacar, mais uma vez, o quanto os prefeitos acham que os professores valem… apenas 7%!

Por site Ponto e Vírgula