Representantes de empresas especialistas em instalações submarinas participaram do seminário

II Seminário de Descomissionamento de um Sistema Submarino é debatido no Sesi, em Macaé

A Rede Petro-BC, em parceria com a Sociedade de Engenheiros de Petróleo (Society of Petroleum Engineers) – SPE Seção Macaé, SEBRAE, Sistema FIRJAN e Associação Comercial e Industrial de Macaé – ACIM, dando continuidade aos ciclos de eventos e debates sobre o tema “Descomissionamento de Instalações Offshore”, promoveu o “II Seminário de Descomissionamento de um Sistema Submarino”, realizado na última quarta-feira (31), no auditório do Sesi, em Macaé.

Essa atividade da indústria do petróleo tem importância fundamental para a economia do Estado do Rio de Janeiro e, em especial, para o arranjo produtivo da Bacia de Campos. Diante do cenário de declínio de produção de importantes campos da bacia, tendo em vista as perspectivas de baixa economicidade e viabilidade para manutenção de algumas unidades de produção, os descomissionamentos certamente induzirão um novo tipo de indústria no Brasil.

Para o Estado do Rio de Janeiro será de fundamental importância, segundo o consultor em O&G e membro da SPE – Seção Macaé, Mauro Destri, um dos maiores estudiosos no assunto no mundo, onde se aponta para níveis de investimentos e contratação de bens e serviços na ordem de mais de U$1 bilhão de dólares nos próximos anos, evidenciando enormes oportunidades para os setores empresarial e comercial de Macaé e região.

“A ênfase desse segundo seminário foi na atenção que devemos ter para as instalações submarinas, que demandarão um esforço conjunto dos órgãos reguladores e ambientais e das próprias empresas para estabelecer procedimentos adequados à garantia dos processos e das melhores práticas de preservação ambiental”, apontou Mauro Destri.

O segundo seminário teve a presença de palestrantes da Petrobras, sendo representado pelo Gerente de Descomissionamento, Eduardo Zacaron; do Superintendente de Segurança Operacional e Meio Ambiente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Marcel Mafra e do Professor Marcelo Igor, do Programa de Pós-Graduação e Pesquisa – COPPE da Universidade Federal do Rio de Janeiro, além de outros representantes de empresas especialistas em instalações submarinas.

O representante da ANP, Marcel Mafra, apontou para a urgente necessidade de revisão da regulamentação da agência sobre os processos de descomissionamentos, vigentes no país desde 2006, face as demandas e complexidades atuais. Zacaron apresentou as bacias petrolíferas no Brasil que possuem unidades de produção com mais de 25 anos de operação e, ainda, informou sobre sete projetos da Petrobras de descomissionamento ora em andamento.

1 COMENTÁRIO

  1. Realmente tem unidades para serem descomissionadas. Os serviços são vias de regar na área de desmobilização de dutos e equipamentos. As unidades podem até ser vendidas para canteiros de desmontes na Índia ou Bangladesh. Vai gerar um pouco de emprego e movimentará as firmas de equipamentos e de desinstalação de dutos mas quando acabar teremos mais desempregos pois para cada unidade desinstalada são uma centenas de empregos que se esvai. A pergunta é quanto de emprego se gera no pais com a desmobilização?