Áudio do deputado estadual despertou pedidos de cassação de seu mandato; já passam de 10 os protocolados na Alesp

Após a viralização dos áudios enviados pelo deputado estadual Arthur Moledo do Val (PODEMOS/SP), a amigos na última sexta-feira (4), militantes do Movimento Brasil Livre (MBL) têm se mostrado divididos sobre os desdobramentos do caso. O monitoramento dos grupos do MBL no aplicativo Telegram mostrou um verdadeiro “racha” na militância, o que pode comprometer o futuro político do grupo. 

Alguns participantes seguem apoiando o ‘Mamãe Falei’, enxergando a reprovação de seus atos como uma “traição ao conservadorismo”, enquanto outros reconhecem a gravidade de sua fala e se mostram críticos quanto à postura do grupo.

Demonstrações de repúdio às falas machistas do parlamentar são constantemente respondidas com violentos ataques, xingamentos e palavras de baixo calão. “Vai lamber o c* do Lula, então”, diz um dos integrantes do grupo ao reprovar o questionamento de um outro participante quanto às falas do deputado.

Veja alguns diálogos:

Para outro participante, menos radical, apesar de seguir apoiando o movimento e seus líderes, Arthur do Val errou e deveria seguir o que a deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) disse no sábado (5), sobre uma possível prestação de contas por parte dos coordenadores do MBL — Renan Santos, além do próprio Arthur, que viajaram juntos para a Ucrânia. Para o participante, uma prestação de contas bem feita poderia “conter os danos”, para além dos já gerados. 

“Diante dos inaceitáveis áudios divulgados e já reconhecidos como autênticos pelo próprio autor, torna-se mais urgente exigir a apresentação dos comprovantes de efetiva entrega das doações recolhidas, sob o pretexto humanitário. O caso pode ser ainda mais grave do que parece”, disse Janaina, em seu Twitter. Ela complementou na sequência: “vislumbro, inclusive, competência federal para a apuração.”

Além deste posicionamento da deputada estadual sobre o caso, Arthur Moledo do Val já lida com uma realidade desfavorável: está fora do Podemos, após passar por processo interno de avaliação do caso; se afastou do MBL; perdeu o apoio de Sergio Moro para sua pré-candidatura ao governo de São Paulo e a cassação de seu mandato é dada como certa, visto que já existem mais de 10 pedidos protocolados na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

Por Portal Novo Norte