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Welberth Rezende e Chico Machado participaram da audiência pública da Comissão de Minas e Energia da Alerj - Octacilio Barbosa Alerj 

Welberth Rezende e Chico Machado cobraram da concessionária retorno de serviço de atendimento ao consumidor para Macaé

As falhas na prestação de serviços da Enel, concessionária de energia elétrica responsável pelo fornecimento em 66 municípios fluminenses, levaram os deputados estaduais Welberth Rezende (PPS) e Chico Machado (PSD) a apresentarem questionamentos à empresa, durante audiência pública realizada na última terça-feira (16).

Vice-presidente da Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Welberth Rezende listou uma série de transtornos enfrentados pelos usuários da cidade, em virtude da queda constante de energia e a falta de manutenção das linhas de transmissão, que afetam de forma direta a cadeia de empresas offshore. Na audiência, o parlamentar cobrou da concessionária o retorno da equipe de manutenção e reparos para atendimento ao cliente para Macaé, um serviço transferido pela Enel para Cabo Frio, que prejudica também uma das principais consumidoras de energia da cidade: a prefeitura.

“Hoje, a prefeitura paga cerca de R$ 3 milhões em contas de energia e a concessionária não oferece mais o atendimento imediato em casos de pane. Na audiência, conseguimos da Enel a garantia de que será reavaliada a transferência deste serviço para Cabo Frio”, disse.

Já o deputado Chico Machado levou reclamações ouvidas da população, além de experiências próprias, e cobrou melhorias na qualidade da distribuição de energia e no atendimento aos consumidores em Macaé. “As pessoas sofrem com o descaso da Enel. São quedas de energia de horas e até de dias. É um atendimento horrível no telefone, na loja, quando a gente precisa. Por isso estou cobrando a volta do diretor responsável para Macaé e a ampliação da loja de atendimento na cidade”, disse.

Welberth Rezende apontou ainda que a ausência da equipe de manutenção da concessionária leva moradores de distritos da Serra e demais localidades rurais da cidade a ficarem sem energia por horas, causando prejuízos não reparados pela Enel. “A queda constante de energia danifica equipamentos eletrônicos e gera perdas de alimentos, e até a produção rural da cidade. Não dá mais para aceitar que a concessionária continue prestando um serviço de péssima qualidade, cobrando uma das tarifas mais caras do país”, afirmou o deputado.

O representante da Enel apontou o combate às perdas de energia como um grande desafio no estado do Rio, que tem 21,5% de energia perdida. Outro problema, de acordo com ele, é o acesso das equipes a comunidades dominadas por milícias ou pelo tráfico de drogas. “Os funcionários são ameaçados, roubados e até agredidos. Já fizeram barreiras para impedir a entrada”, contou Marcus Floresta. Pelos dados apresentados, a Enel tem mais de 400 mil clientes em áreas consideradas de risco, onde acontecem 56% dos furtos de energia sofridos pela empresa.