Comissão da Câmara cobra do governo ação emergencial para evitar alagamentos na cidade
Apesar do volume excessivo de chuva que atinge a cidade desde a quarta-feira (15), os impactos registrados na cidade com alagamentos, especialmente nas regiões do Centro, Sol Y Mar, Visconde e Miramar, não estão apenas relacionados às intempéries da natureza. Denúncia da Comissão Permanente de Meio Ambiente e Saneamento da Câmara indica que falhas da prefeitura, na manutenção do sistema de drenagem mecânica, causaram prejuízos para a população.
Na manhã de quarta-feira, o presidente da Comissão, Maxwell Vaz (SD), esteve na casa de máquinas do sistema da Macrodrenagem, situada na Aroeira. O local é o ponto principal do mecanismo que drena as águas acumuladas nos bolsões situados abaixo do nível do mar, escoando para o braço do Rio Macaé situado na Malvinas.
Conforme constatou Maxwell, as três bombas responsáveis por fazer o escoamento das águas não foram ligadas no dia de maior incidência das chuvas. O motivo, de acordo com ele, foi o planejamento equivocado de manutenção dos equipamentos. “Nós estivemos na casa de máquinas e constatamos que as bombas estavam desligadas. Com isso, os alagamentos se formaram na região do Miramar, Visconde e no Centro. Choveu muito, mas se o equipamento estivesse funcionando, os transtornos seriam bem menores”, afirmou.
Maxwell também esteve em outro ponto do sistema mecânico de drenagem da cidade, ligado ao Canal Fábio Franco, que acabou ficando sobrecarregado. “Este sistema funcionou, mas não foi suficiente para atender a situação da cidade. Como fazem manutenção de todos os equipamentos de uma só vez, deixando o sistema inativo? A população não pode mais pagar por esses erros do governo”, afirmou Maxwell.