À espera de um novo momento de prosperidade econômica, mediante as oportunidades projetadas diante dos leilões realizados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), Macaé volta a avaliar o grau de possibilidade para solucionar demandas que podem atrapalhar a nova logística que o petróleo exige e merece.
E por mais que possa parecer distante, as discussões que envolvem pontos sobre a segurança pública, saneamento básico, iluminação e infraestrutura, pesam sobre o chamado “custo Macaé”, um opex que no passado ajudou a consolidar negócios que modificaram a base da economia da cidade.
Porém, por mais que o setor offshore tenha garantido cerca de quatro décadas de progresso, demandas “condominiais” ainda são apresentadas por empresas que compõem o polo offshore local, uma situação complicada para o município que tenta se reinventar dentro da ótica do petróleo.
Firmado em 2012 (era Riverton), aplicado a partir da 2013 (ano “da mudança”), a Parceria Pública Privada (PPP) do Esgoto ainda não garantiu ao município o título da cidade mais saneada da região.
E isso implica em problemas relativos a taxas abusivas, precariedade no serviço prestado e a falta de garantia da expansão da rede que é, sem sombra de dúvidas, um dos principais impasses encarados por empreendimentos industriais que tentam se expandir na cidade.
A oferta de água também não consegue atender ao volume de consumo diário, nem nas áreas que contam com os encanamentos, nem nas regiões cujos abastecimento ainda segue a cartilha dos caminhões-pipa, um sistema difícil de ser quebrado na cidade, por conta de todas as questões políticas e financeiras. A água ainda vale ouro em Macaé!
Além do mais, a precariedade nos acessos às bases operacionais das empresas que geram o maior volume do Imposto Sobre Serviço (ISS), do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), ainda é condição para que o poder público da cidade possa fazer jus ao reconhecimento da importância dessas companhias para o novo futuro que a cidade espera.
Enquanto a visão política afetar o planejamento do futuro da cidade, Macaé seguirá fadada a ser reconhecida como um péssimo exemplo de como as riquezas do petróleo, quando não bem aplicadas, em nada fazem a diferença da população.