José Eduardo Carramenha lembrou a vocâção portuária de Macaé e ressaltou a importância do Tepor como fonte de novas riquezas e ferramenta para o desenvolvimento econômico de Macaé

Na oportunidade, foi convidado o Consultor do Terminal Portuário de Macaé – Tepor Macaé, José Eduardo Carramenha, que fez uma ampla apresentação sobre a implantação do novo empreendimento no município

A Associação Empresarial e Turística de Macaé – Macaé Convention & Vistors Bureau promoveu uma reunião com os empresários do setor hoteleiro, na tarde de quinta-feira (21), no Hotel Royal Macaé Palace. Os convidados foram recepcionados pelo presidente da associação, Guilherme Abreu, que apresentou os novos associados da hotelaria e informou as novidades do Projeto Sesc para o Verão 2020.

Na oportunidade, foi convidado o Consultor do Terminal Portuário de Macaé – Tepor Macaé, José Eduardo Carramenha, que fez uma ampla apresentação sobre a implantação do novo empreendimento no município, lembrando fatos históricos que comprovam a vocação portuária de Macaé e a sua expressiva importância no desenvolvimento econômico ao longo de sua história. Segundo Carramenha, a Petrobras estava a ponto de retirar setores de produção da cidade pela ineficiência do Porto da Imbetiba, que não estava mais atendendo a sua demanda de escoamento de produção. “Segundo Carramenha, o Tepor Macaé surge como fonte de novas riquezas e ferramenta para o desenvolvimento econômico do município, constituindo-se num terminal especializado, para atender a demanda da indústria de apoio às atividades de óleo e gás, além de apresentar soluções para transportes de cargas de outros setores.

O Tepor Macaé vai ocupar uma área onshore de até 6.000.000 m², possuindo pátios para estocagem e armazéns alfandegados. Estão incluídos em sua retroárea: Terminal de Armazenamento de Petróleo, com capacidade de armazenamento de 4,5 milhões de barris; Terminal de Armazenamento de Combustíveis, com capacidade de armazenamento de 420.000 m³; Planta de Processamento de Gás Natural (“UPGN”), com capacidade de processamento de 60 milhões m³/dia.

O porto contará com dois terminais offshore: O Terminal A, que consiste em um terminal de líquidos e apoio offshore, que será ligado à terra através de uma ponte de 4km e contará com 16,5 metros de profundidade. Será composto por dois berços para movimentação de líquidos, ligados por dutos a um terminal onshore de armazenamento de combustíveis, produtos químicos e outros derivados, com capacidade de armazenamento de até 420.000 m³. Contará também com um berço para recebimento de para cargas de GNL, composto por unidade flutuante de regaseificação e área reservada para implantação de tanques de armazenamento de GNL. O terminal de apoio offshore incluirá 9 berços para supply boats. Também poderá receber navios de longo curso para movimentação de cargas gerais, além de sondas e plataformas para manutenção e descomissionamento.

O Terminal B, para movimentação de petróleo, com dois berços de atracação, em condições totalmente abrigadas, com profundidade natural de 27 metros, aptos a receber navios VLCC. O terminal terá capacidade para movimentação de até 2 milhões de barris de petróleo por dia. Os berços serão interligados por oleodutos ao terminal de armazenamento e blending de petróleo em terra, com capacidade de armazenamento de até 4,5 milhões de barris.

Devido à sua integração com o empreendimento CLIMA – Complexo Logístico e Industrial de Macaé, através da Rodovia Transportuária, o TEPOR poderá contar com uma vasta retroárea complementar, o que permitirá uma operação portuária mais eficiente. Os projetos foram concebidos de forma a otimizar as operações logísticas, trazendo assim possíveis reduções de custo para seus usuários.

 

Termelétricas consolidam como novo polo de energia

 

Preparada para o novo desafio, a Capital Nacional do Petróleo pode se tornar também polo nacional de produção de energia. O tema foi apresentado pelo secretário executivo da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo (ABESPetro), Gilson Freitas Coelho, durante o encontro com empresários e representantes da rede hoteleira, na tarde de última quinta-feira (21), no Hotel Royal Macaé Palace. A previsão é que, em cinco anos, nove termelétricas serão instaladas na Capital Nacional do Petróleo.

Atualmente Macaé conta com duas usinas (Mario Lago e EDF Fluminense). A unidade Marlin Azul segue em construção com previsão para iniciar as operações em 2022. A outra prestes a iniciar a obra ainda no fim deste ano, é a usina Nossa Senhora de Fátima, e agora mais três termelétricas serão instaladas em breve. O terreno para a instalação das usinas Tupã e Jaci já foi definido em uma área de 315 mil metros quadrados ao lado do Terminal Cabiúnas, responsável pelo processamento de gás natural produzido na Bacia de Campos. O combustível que vai ser utilizado pelas usinas na produção de energia elétrica, processa cerca de 20 milhões de metros cúbicos de gás por dia.

Pouco mais de R$ 9 milhões serão utilizados para abastecer as termelétricas, cuja chegada das unidades coloca Macaé em um novo patamar, além de Capital Nacional do Petróleo, será vista também como polo nacional de produção de energia.

Gilson Freitas Coelho, afirma que esse é o novo momento para a cidade que começa a ganhar fôlego. “A instalação das usinas traz um novo cenário econômico e próspero para Macaé. A expectativa é que sejam gerados cerca de três mil empregos com a construção das duas unidades”, comentou Gilson.

Outro fator interessante que foi apresentado durante o encontro, foi sobre o consumo de água previsto de dois mil metros cúbicos por hora. A captação será no Rio Macaé e os profissionais da área garantem que não há possibilidade de desabastecimento para a população macaense.

O objetivo das termelétricas Jaci e Tupã é gerar energia elétrica e fornecê-la para o sistema interligado nacional no submercado Sudeste e Centro-oeste. A previsão para início de fornecimento é a partir do dia primeiro de janeiro de 2024.

“A cidade que fez história com o petróleo, hoje caminha para ser conhecida também como produtora de energia através do gás natural”, finalizou Gilson Coelho.

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