Moraes manteve o tenente-coronel Mauro Cid, ex-auxiliar de Bolsonaro, detido por quatro meses até homologar sua colaboração premiada

A extrema-imprensa brasileira já reconhece que os métodos de investigação que haviam sido deixados de lado, em meio ao movimento anti-Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), estão ressurgindo e sendo usados novamente por diferentes instâncias do Judiciário brasileiro no cerco contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.

Texto publicado pela Folha afirma que a delação de indivíduos presos, antes criticada por figuras como o ministro Gilmar Mendes, do STF, agora ganha destaque como um dos pilares da atuação do ministro Alexandre de Moraes. Moraes manteve o tenente-coronel Mauro Cid, ex-auxiliar de Bolsonaro, detido por quatro meses até homologar sua colaboração premiada.

Outro método anteriormente repudiado citado pela imprensa, as prisões preventivas indefinidas, também ressurgem nas investigações envolvendo o ex-presidente. Jorge Naime, ex-chefe do departamento operacional da Polícia Militar do DF, permanece detido desde fevereiro, aguardando julgamento. Em instâncias inferiores, medidas como busca e apreensão e quebra de sigilo, antes criticadas, estão sendo aplicadas em investigações antigas.

Nesse novo cenário, Alexandre de Moraes também acumula mais poder, atuando como relator do inquérito das fake news e liderando a maioria das investigações contra Bolsonaro. Entretanto, essa ampliação de poderes tem gerado debates, até mesmo entre membros do Supremo. Os métodos contestados na era da Lava Jato estão sendo reavivados para confrontar Bolsonaro e seus aliados, gerando discussões sobre os limites da justiça e do poder investigativo no Brasil.