Plataforma P-69 da Petrobras, localizada na Bacia de Santos — Foto: Divulgação/Sindipetro

Valor é 88,2% maior do que o arrecadado em 2021. A cidade também se destaca com a maior participação especial oriunda das atividades de produção de petróleo e gás na Bacia de Santos.

Houve aumento significativo da arrecadação dos royalties de petróleo de 2021 para 2022 em cidades do Rio de Janeiro, segundo dados divulgados pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). E Maricá, na Região Metropolitana, liderou o ranking ao atingir uma arrecadação recorde de R$ 2,5 bilhões em 2022.

O valor é 88,2% maior que o arrecadado em 2021, que foi de R$ 1,34 bi. Outra cidade que se destacou foi Saquarema, na Região dos Lagos do Rio. O município entrou na casa do bilhão em 2022, quando arrecadou R$ 1,9 bi e comparação com os R$ 900 milhões em 2021, conforme demonstram os gráficos abaixo:

Maricá também despontou na arrecadação das participações especiais (PE’s), no valor de R$ 1,8 bi, oriunda das atividades de produção de petróleo e gás na Bacia de Santos. Em 2021, a cidade recebeu R$ 1,3 bi.

Os resultados de Maricá no ano passado seguem em ritmo crescente, ao observar a série histórica dos últimos 23 anos.

Considerando as bacias de Santos e de Campos, atrás de Maricá e Saquarema, aparecem Macaé, que saltou de R$ 955 milhões em arrecadação (2021) para R$ 1,4 bilhão (2022); Niterói, de R$ 750 milhões (2021) para R$ 1,1 bi (2022); e Campos dos Goytacazes, de R$ 458 milhões (2021) para R$ 863 milhões (2022).

Quanto às cidades da área da Bacia de Santos, além de Maricá e Saquarema, outras cidades também aumentaram suas arrecadações, como Cabo Frio, que passou de R$ 280 milhões, em 2021, para R$ 300 milhões, em 2022. O mesmo valor foi arrecadado por Araruama, Arraial do Cabo e Casimiro de Abreu, que, em 2021, tiveram arrecadação entre R$ 80 milhões e R$ 170 milhões.

“É preciso que os gestores de cada cidade façam uso dos recursos de forma planejada com investimentos que visem o desenvolvimento local, com projetos focados em infraestrutura, saneamento básico, saúde, educação, em medidas que atendam às necessidades de cada localidade. Esse é um recurso finito e é importante que se pense em garantir melhorias para o futuro de cada região”, destacou o presidente da Firjan Leste Fluminense, Sérgio Kunio Yamagata.

A Firjan explica que as arrecadações de 2022 são resultado “do período em que foi registrada alta no valor do barril – com o Brent acima dos US$ 100, a manutenção do dólar em um patamar elevado (acima de R$ 5) e o crescimento da produção nos campos de Búzios, Sépia e Mero, que influenciam as arrecadações dos municípios da região”.

Por G1