“Não pode mentir. Se mentir, eu peço para ir para a cadeia”, disse Coronel Chrisóstomo
Na última sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), uma prisão no âmbito do colegiado foi ameaçada pela oposição. Pela primeira vez, considerou-se a possibilidade de efetuar detenções durante a tensa reunião. Foi confrontado o líder da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), José Rainha, com um vídeo que o levou a reverter sua negação inicial de apoio direto à deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) nas eleições de 2018.
No material em questão, agradecimentos pelos votos à parlamentar foram expressos por ele. A pressão prosseguiu com o relator Ricardo Salles (PL-SP) destacando que o falso testemunho não era admissível. Coronel Chrisóstomo (PL-RO) reiterou que mentir resultaria em um pedido de prisão. Rainha recusou-se a detalhar as razões que o levaram a romper com o MST e foi questionado sobre sua relação com o ministro do Desenvolvimento Agrário, entre outros tópicos.
José Rainha, líder do FNL, compareceu como testemunha à CPI, acompanhado pelos advogados Sérgio Pantaleão e Rodrigo Chiziolini, em meio a uma sessão marcada por atritos e provocações entre parlamentares do governo e da oposição. A presença de Rainha gerou grande interesse, já que ele era um dos líderes do MST e estava envolvido nos movimentos dos sem-terra, aspecto que levou três deputados a solicitar seu depoimento.
O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou o pedido da defesa de Rainha para evitar comparecer à CPI, garantindo, no entanto, seu direito de permanecer em silêncio diante de questões autoincriminatórias.
Por portal Novo Norte