Documentos obtidos pela investigação mostram que Eduardo DP, apesar de negar, é listado como “diretor presidente” nas empresas Construservice e Topazio, segundo carimbos apreendidos

A Polícia Federal divulgou informações que detalham a suposta participação do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e do empresário Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo DP, em um esquema de desvio de recursos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). As investigações, iniciadas em 2021, culminaram nas operações Odoacro, em julho de 2022, e Benesse, em setembro de 2023, que apontaram para um complexo esquema envolvendo empresas de fachada e laranjas.

O relatório da PF indica que a Construservice, empresa vinculada a Eduardo DP, emergiu como a segunda maior beneficiária dos recursos da Codevasf. Documentos obtidos pela investigação mostram que Eduardo DP, apesar de negar, é listado como “diretor presidente” nas empresas Construservice e Topazio, segundo carimbos apreendidos. A investigação também apurou que, de 2017 a 2020, houve uma “intensa tratativa” entre Juscelino Filho e Eduardo DP, evidenciando a execução de obras financiadas por emendas parlamentares.

Além disso, a Polícia Federal encontrou no domicílio de Eduardo DP um conjunto de 16 cartões bancários e dois carimbos de diferentes empresas, indicando o controle de uma rede de empresas de fachada, utilizada para fraudar contratos no estado do Maranhão. As operações da PF também tiveram como alvo Luanna Resende, irmã de Juscelino e prefeita de Vitorino Freire, no Maranhão.