Esse declínio marcou o fim de um ciclo de seis meses consecutivos de crescimento na confiança dos consumidores
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou uma significativa queda de 3,8 pontos em outubro, atingindo o nível mais baixo desde junho, de acordo com dados divulgados pela instituição. Esse declínio marcou o fim de um ciclo de seis meses consecutivos de crescimento na confiança dos consumidores.
A economista Anna Carolina Gouveia, do Instituto Brasileiro de Economia (FGV/Ibre), atribuiu essa retração à piora nas expectativas para o futuro e à estabilização da situação atual, sinalizando preocupações quanto à sustentabilidade do mercado de trabalho. O Índice de Situação Atual (ISA) também apresentou queda, enquanto o Índice de Expectativas (IE) registrou uma redução significativa.
Essa deterioração na confiança dos consumidores é uma preocupação, uma vez que afeta diversas variáveis, classes de renda e capitais. Em setembro, o índice havia experimentado um ligeiro aumento de 0,2 ponto, mas esse crescimento foi interrompido em outubro. A mudança nas expectativas, passando da zona de otimismo para a zona de neutralidade, é um reflexo da desaceleração nos setores econômicos e das preocupações com a manutenção do mercado de trabalho. Em resumo, o índice revela uma tendência negativa na confiança do consumidor brasileiro, com implicações abrangentes em vários aspectos da economia.