Orquestra Popular de Macaé se apresenta nesta segunda-feira, no Calçadão, a partir das 15h

Associação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM) completa 103 anos de atividades, e celebra a data nesta segunda-feira (13) com a apresentação da Orquestra Popular de Macaé

Símbolo do desenvolvimento econômico de Macaé, a Associação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM) completa 103 anos de atividades, acompanhando as transformações sociais e econômicas vividas pelo município, e ajudando na construção de uma história sólida de progresso.

A data será celebrada nesta segunda-feira (13) com a apresentação da Orquestra Popular de Macaé, no Calçadão da Avenida Rui Barbosa (em frente ao prédio da Acim), a partir das 15h. A população macaense está convidada para participar deste momento tão especial para a cidade.

O Maestro Bruno Py ressalta que a Orquestra Popular de Macaé é um projeto da Escola Municipal de Artes Maria José Guedes (EMART) e da Secretaria Municipal de Cultura, que conta com a participação de professores, alunos e músicos convidados.

Bruno informa que a Orquestra toca de tudo, mas principalmente choro, jazz e música popular brasileira. O repertório da homenagem à Acim na segunda-feira (13) consta de peças musicais de compositores como Dorival Caymmi, Hermeto Pascoal, Guinga, Duke Ellington e Herbie Hancock.

“Há alguns anos nos apresentamos em praças e espaços públicos de Macaé e é sempre muito gratificante. As pessoas percebem como a música tem o poder de afetar e quase sempre levam um pedaço da orquestra com elas – fotografando, gravando e filmando. Na segunda-feira esperamos encontrar o carinho com o qual somos sempre recebidos pela população. Isso nos motiva e nos mostra que estamos no caminho certo”, declarou o Maestro Bruno Py.

Orquestra Popular de Macaé

A Orquestra Popular de Macaé, criada e mantida pela Escola Municipal de Artes Maria José Guedes (EMART) e Secretaria de Cultura, é composta por professores, alunos e ex-alunos da Escola Municipal de Artes Maria José Guedes (Emart). Foi criada em 2008 com a proposta de formação de plateia para a música popular brasileira e a prática instrumental em alto nível para professores, alunos, ex-alunos e colaboradores.

A formação da orquestra lembra as tradicionais “big-bands” de jazz, que se adaptaram e se popularizaram no Brasil, através dos bailes de gafieira e das orquestras de salão. É uma formação eclética e versátil, que permite construir desde sonoridades suaves e camerísticas, até arranjos ritmados e marcantes. Sendo assim, o repertório envolve gêneros musicais diversos, desde os tradicionais choros, sambas e maxixes, até o jazz contemporâneo.

Um dos principais nomes do repertório da orquestra atualmente é Pixinguinha. Através de uma parceria com o Instituto Pixinguinha, foi montado um espetáculo em homenagem a este que é um dos maiores nomes de nossa música. Os arranjos de próprio punho do compositor foram cedidos para a orquestra que reproduz, na íntegra, peças musicais especialmente escolhidas para o disco “O Carnaval da Velha Guarda”, de 1950. Além da velha guarda do samba, são homenageados outros compositores de igual importância, como Dorival Caymmi, Vinícius de Moraes e Tom Jobim.

ACIM 103 anos

Fundada no dia 9 de abril de 1916 pelo empresário Orlando Farrula, na época proprietário da fábrica de bebidas Lynce, a então nomeada Associação do Comércio, Indústria e Lavoura de Macaé deu início às suas atividades, sendo composta por 60 sócios-fundadores.

A primeira reunião de diretoria foi realizada cerca de um mês depois, no dia 13 de maio do mesmo ano, na sede da Sociedade Musical Nova Aurora, e a data foi então fixada como o aniversário da instituição. Na época, muitos já haviam tentado fundar a Associação e, após inúmeras tentativas frustradas, o Sr. Orlando Farrula assumiu o compromisso de instalar a instituição. Após a criação da ACIM, os membros comerciantes da época pensaram na construção de um edifício, o que inicialmente parecia um sonho, mas Manoel Ximenes, Paulino de Carvalho, Eduardo Gomes e outras personalidades daquele tempo tomaram coragem e saíram a campo, conseguindo erguer o prédio.

A participação da Associação Comercial no crescimento da cidade começou efetivamente a partir de 1920, quando a entidade conseguiu, junto ao Governo Federal, a reativação do Canal Macaé-Campos para o transporte de cargas. Naquele mesmo ano, por conta do grande movimento, o Porto de Macaé teve seu cais aumentado em 30 metros. Em 1922, a entidade elaborou o sistema viário do município, considerando as regiões mais produtivas. O plano foi executado pelos poderes públicos, levando em conta os traçados sugeridos pela Associação.

Um ano depois, em 1923, a entidade já tinha a sua primeira sede própria. No mesmo ano, a Associação foi a responsável pela instalação da primeira agência bancária da cidade, cedendo para o Banco do Brasil o pavimento térreo de sua sede para o funcionamento da agência.

Já em funcionamento na Avenida Rui Barbosa, a ACIM passou a se desenvolver de maneira ainda mais rápida, prestando serviços relevantes aos seus associados, tais como informações sobre o movimento comercial da praça e assuntos das repartições públicas. Naquele tempo, a Estrada de Ferro Leopoldina era o único meio de transporte para os empresários. A estrada autuava os comerciantes que despachavam café em sacos frágeis, café mal seco e outros produtos mal embalados. Também multavam e cobravam armazenagem quando os comerciantes não retiravam as mercadorias em tempo hábil.

A ACIM também teve participação ativa no movimento de cobrança dos royalties do petróleo, o que culminou na aprovação da Lei 7453, em 1985, permitindo que 37 municípios fluminenses recebessem um percentual sobre o petróleo extraído pela Petrobras na Bacia de Campos. Recentemente, a instituição também apoiou o movimento contra a redistribuição de royalties, dos contratos já existentes.

Hoje, a ACIM segue na luta pela criação de um novo ciclo de desenvolvimento da cidade, atuando ao lado de outras instituições como a Rede Petro e a Comissão Municipal da Firjan.