Desde o dia 31 de agosto, foi finalmente dada a largada, pelo calendário estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para o jogo de xadrez político que, nos municípios com menos de 200 mil habitantes, encerram apontando a vitória de quem for mais votado no dia 15 de novembro. A data alterada por causa da pandemia, deu chance e tempo aos vários pré-candidatos a prefeito e a vereador, para utilizar as redes sociais e outros meios de comunicação, para apresentar suas promessas que serão divulgadas na campanha que oficialmente começa cinco dias após o término das convenções e serem registradas pelo Tribunal Superior Eleitoral, onde qualquer cidadão, pela internet, poderá ter informações de cada concorrente. Quem pensa que vai ser mole utilizar a internet para se promover fora das regras, estará enganado. A primeira vítima já apareceu quando um pré-candidato a prefeito de Búzios participou de uma “livemício” e a Justiça Eleitoral já está no pé dele.
É assim que vai ser daqui para frente, numa demonstração clara de que todo o cuidado é pouco. O eleitor tem boa intenção e vota pensando no futuro, querendo que seu candidato encontre soluções para os problemas da cidade, mas pode ser manipulado ao ser objeto de uma imensa carga de informações, muitas vezes falsas ou fraudulentas, daí a razão de estar o Tribunal Superior Eleitoral fazendo uma forte campanha contra as fake news. Agora, quem pensa que vai ser diferente, vai se enganar. As campanhas serão financiadas pelo Fundo Eleitoral e os partidos já têm seus candidatos preferidos para fazer rolar o dinheiro que foi estimado em R$ 2 bilhões, sem contar com o Fundo Partidário, coisa de mais R$ 1 bilhão. É dinheiro que não acaba mais para os candidatos fazerem a festa da democracia.
Retribuição do eleitor
A administração do prefeito Dr. Aluízio, de maneira geral, não vem sendo muito aprovada pelos inúmeros casos de não ligar muito para o patrimônio público, deixando ser destruídos pelo tempo o Ginásio Poliesportivo Mauricio Bittencourt que, mesmo acionado pelo Ministério Público, não foi recuperado, pelo abandono do Parque da Cidade, que não mereceu atenção e está abandonado, pela destruição do Estádio Claudio Moacyr que serviu de palco para grandes partidas reunindo clubes famosos, pelo Centro de Convivência do Idoso, que está abandonado, por algumas escolas como a do Lagomar com capacidade para 3 mil alunos, também vandalizada, pela falta de concessão de reajuste salarial para os servidores, com os escândalos da merenda escolar, denúncias ainda sob investigação, pelo abandono do espaço destinado à Secretaria de Mobilidade Urbana que está caindo aos pedaços, enfim, por inúmeros erros cometidos também na gestão, onde estão sendo investigadas algumas denúncias consideradas “cabeludas.
Mas, será que mesmo assim, ele não terá a retribuição do eleitor? A história política mostra que são muitas as adversidades de detentores do poder que acabam, mesmo não bem avaliados em pesquisas, conseguem eleger “um poste”, como Lula fez com Dilma, e Dr. Aluízio já colocou em evidência como “crias” no mínimo dois nomes. O primeiro, do ex-secretário e vereador Guto Garcia, e depois, o de seu ex-secretário de Infraestrutura, Celio Chapeta, que não chegaram a “balançar” o eleitoral. Mas o pesquisador Bruno Caraza, especialista em Direito Eleitoral e Políticas Públicas, admite que os auxílios criados pelas prefeituras durante a pandemia podem ter efeito sobre a popularidade de candidatos da máquina pública que controlam a máquina pública local, numa disputa em que é o eleitor que decide o voto.
Os auxílios criados no contexto da pandemia pelas prefeituras e câmaras lançados e que vão até o final da gestão, mesmo se fosse considerado crime eleitoral, podem influenciar o voto? Macaé, por exemplo, com 42 mil alunos na rede pública, “ganhando” R$ 200,00, considerado gasto como programas sociais, pode fazer valer o voto? Claro que sim, isso sem falar em outros que afetam diretamente o eleitor, como a passagem a R$ 1, e outros benefícios na área da saúde. Quem aposta suas fichas na indicação do prefeito?
PONTADAS
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A campanha eleitoral começa, na prática, após o registro das candidaturas homologadas nas convenções que só acabam dia 15 de setembro. Não são muitos os candidatos de oposição abertamente declarados, a não ser a do pré-candidato André Longobardi que não está livrando a gestão do prefeito Aluízio de graves acusações, todas elas comprovadas em vídeo. Mas, com certeza, podem vir mais “bombas” por aí.
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Existem dois grupos dentro do governo municipal que se dizem um do bem e outro do mal. E tem gente apostando que o peso do governo vai ser sentido nas eleições. Caso Dr. Aluízio não consiga emplacar seu “poste” que ninguém até agora sabe qual o nome, o lado do “mal” tenta se aproveitar para ditar regras e nomes que o prefeito não gostaria de apoiar. Com isso, não fica fácil saber para qual lado penderá o prefeito com sua força eleitoral, que, não subestimem, é grande.
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Apesar de o Tribunal Superior Eleitoral ter liberado candidaturas de fichas-sujas em novembro, até ontem o ex-prefeito Riverton Mussi Ramos (PDT), não confirmou que poderia concorrer ao cargo de prefeito, embora seja grande a torcida. Como ele ainda responde a muitos processos, ele deve continuar apoiando o candidato do PT, Igor Sardinha, como até agora vem sendo anunciado.
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Até domingo