Este crescimento tímido destaca uma perda significativa de ímpeto econômico em comparação com os trimestres anteriores

A economia brasileira demonstrou sinais claros de desaceleração no terceiro trimestre de 2023, com um aumento marginal de apenas 0,1% no Produto Interno Bruto (PIB), conforme informado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça (5). 

Este crescimento tímido destaca uma perda significativa de ímpeto econômico em comparação com os trimestres anteriores, onde o PIB havia registrado aumentos mais substanciais.

O setor do agronegócio, que anteriormente havia impulsionado a economia, enfrentou uma queda considerável de 3,3% no período. Esta retração expressiva é um reflexo da volatilidade e da sazonalidade inerentes ao setor, particularmente evidente na produção de soja. 

Além disso, a formação bruta de capital fixo, que mede os investimentos, apresentou uma queda de 2,5%. Este é o quarto trimestre consecutivo de declínio, sinalizando uma falta de confiança empresarial e uma redução nos investimentos estruturais.

Especialistas econômicos apontam para uma série de fatores preocupantes que contribuem para este cenário de desaceleração. As políticas monetárias implementadas exercem efeitos defasados na economia, enquanto as perspectivas de um arrefecimento econômico global começam a se manifestar. 

Apesar da recente redução da taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) de 13,75% para 12,25%, os níveis de juros no Brasil continuam sendo vistos como ruins, comparados aos 1,9% em 2020 quando Bolsonaro era presidente.