Os dados indicam uma redução drástica no número de licenças emitidas, com apenas 41 aprovações nos primeiros três meses de greve, representando uma queda de 91% em relação ao ano anterior.
Servidores do Ministério do Meio Ambiente e órgãos vinculados, como o Ibama e o ICMBio, estão em greve desde janeiro de 2024, afetando a emissão de licenças ambientais e a fiscalização em todo o Brasil. Esta paralisação, que começou após propostas insatisfatórias de reestruturação salarial pelo governo, já impacta pelo menos 40 grandes projetos de energia e petróleo, segundo a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema).
Os dados indicam uma redução drástica no número de licenças emitidas, com apenas 41 aprovações nos primeiros três meses de greve, representando uma queda de 91% em relação ao ano anterior. Além disso, o desempenho do país na prevenção e combate a queimadas e desmatamento está comprometido, o que pode prejudicar a imagem do Brasil às vésperas da 30ª Conferência sobre Mudanças Climáticas (COP-30), a ser realizada em novembro de 2025, em Belém-PA.
“Estamos atendendo apenas emergências de nível 3”, disse Cleberson Zavaski, presidente da Ascema, destacando a severidade da situação. A paralisação também tem efeitos diretos na economia, com o setor de petróleo e gás deixando de faturar estimados R$ 3,4 bilhões em três meses, de acordo com o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP).
Enquanto isso, as negociações entre os servidores e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos continuam sem progressos significativos, e a associação de servidores prepara uma contraproposta, buscando melhores condições de trabalho e reajustes salariais. A crise destaca a importância crítica do trabalho dos servidores ambientais na gestão e fiscalização ambiental essencial para o desenvolvimento sustentável do país.
Por portal Novo Norte