Criminosos espalham mensagens de massacres contra instituições de ensino da rede estadual e autoridades de segurança pública entram em ação
Um boato de ataque contra as Escolas Estaduais Irene Meirelles e Luiz Reid, localizadas na Avenida Agenor Caldas, no bairro Imbetiba, e na Rua Teixeira de Gouveia, deixou autoridades de Segurança Pública em alerta na manhã de terça-feira (3), após mensagens de ameaças que começaram a circular nas redes sociais e descreviam um possível massacre nas instituições de ensino durante as aulas.
Em uma das mensagens que circulou no Twiter, o criminoso descreveu: “Macaé vai ficar famosa pelo que vai acontecer, cada dia mais pessoas estão se juntando a nós, vai ser o maior massacre já feito em uma escola em todo o planeta”. O suspeito se referia a Escola Estadual Irene Meirelles, e de imediato os estudantes da instituição de ensino pediam ajuda das autoridades.
“Precisamos tomar as providências antes que o pior aconteça, não dá pra ficar de braços cruzados esperando acontecer para saber se é verdade ou não. Nós alunos estamos totalmente largados, já não temos uma estrutura adequada para estudar, muito menos segurança, no Irene Meirelles. Entra e sai quem quer, sem ser identificado se é aluno ou não é. Isso é um perigo pois pode entrar gente que nem é aluno e fazer o que quiser. Faço um apelo pela segurança nas escolas, por favor! É terrível você sair de casa todos os dias para estudar e trabalhar e não ter certeza se volta pra casa. Cada dia que passa só fica mais difícil de se viver”, disse um dos estudantes na rede social.
Diante da mensagem, a Polícia Militar do 32° BPM de Macaé entrou em ação e foi até a escola para checar a informação. A unidade recebeu reforço na manhã de terça-feira (2) visando garantir a segurança dos estudantes e educadores. O Núcleo Regional de Educação informou que medidas coerentes estão sendo tomadas. A diretora da instituição foi orientada pela Secretaria do Estado de Educação para denunciar o caso até na 123ª DP de Macaé.
A equipe de reportagem do Jornal O DEBATE entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Educação. Segue a nota, na íntegra: “A escola seguiu protocolo estabelecido em reunião com a presença do Ministério Público, da Defensoria Pública, do Conselho Tutelar, da Policia Civil, da Polícia Militar, da Secretaria de Estado de Saúde e da equipe técnica da Seeduc, de atuação imediata em caso de violência nas escolas. O protocolo estabelece que a direção da unidade acione imediatamente a Polícia Militar, para resguardar a comunidade escolar, e o Conselho Tutelar”.
A Polícia Civil, com apoio do Ministério Público de Macaé, vai investigar de onde está partindo essas mensagens até chegar ao autor, que poderá ser preso.