Esse programa é especializado no atendimento de pacientes que apresentem Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40kg/m². Foto Rui Porto Filho

“É uma grande realização poder ajudar as pessoas que fazem a cirurgia bariátrica a terem mais qualidade de vida. Elas têm um novo nascimento, passam a ter vida social, a sair de casa, a desempenhar atividades que não conseguiam executar como um simples banho, ou amarrar o tênis”, descreve com satisfação o cirurgião do aparelho digestivo, especializado em cirurgia bariátrica e metabólica, Lucas Brandão.

Dando suporte ao Programa de Obesidade da Coordenadoria da Área Técnica de Alimentação e Nutrição (Catan), da Prefeitura de Macaé, e ao Sistema Único de Saúde (SUS), ele opera duas pessoas por mês desde junho do ano passado, totalizando 30 cirurgias até setembro deste ano.

O paciente que vai para a cirurgia tem obesidade mais grave: trata-se de doença. No entanto, há para esse público outras patologias associadas a obesidade, como pressão alta, diabetes, gordura no fígado, problemas ortopédicos graves (como a não locomoção), além de taxas elevadas de colesterol e outros.

“A obesidade desregula o ciclo menstrual, provocando a infertilidade na obesa. Ele fica regulado e volta ao normal com o emagrecimento”, diz o cirurgião, acrescentando que a cirurgia é muito tranquila e evoluiu muito com os anos.

Lucas conta que o melhor tratamento no mundo todo para a obesidade é a cirurgia, pois ela melhora todas as dificuldades de saúde com a perda de peso. “Um paciente com 120 ou 130 quilos perde 50 a 60 quilos, não volta a engordar. Acontece a manutenção do peso novo”, ressalta.

A equipe técnica do ambulatório de obesidade, que dá suporte e apoio aos pacientes, é formada – além do cirurgião Lucas – por Rejane Reis, Márcia Ramalho e Flávia Cordeiro (nutricionistas), Andrea Schuabb (fisioterapeuta), Cidnei Bertussi (psicólogo), Cátia Bernardo (dentista) e Felipe Bernades (endocrinologista).

Com 179,5 quilos, encaminhado pelo Programa de Obesidade, o autônomo Marcos Maia, de 61 anos, atualmente não consegue andar direito. “Espero caminhar e trabalhar como motorista. Minha obesidade veio de família, mas de 20 anos para cá, aumentou muito. Graças a Deus esse programa existe para ajudar pessoas que não podem pagar a cirurgia particularmente”, finaliza.

Cuidado com os Obesos e como calcular IMC

Esse programa é especializado no atendimento de pacientes que apresentem Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40kg/m². Um indivíduo pesando 110kg e medindo 1,60m de altura, qual seria o IMC? O Índice de Massa Corporal (IMC) se dá pela divisão do peso (110 Kg) pela altura (1,60m), que é igual a 68,75. Este resultado é dividido pela altura, resultando em 42,96 Kg/m2.

Como iniciar o tratamento para obesidade?

Para iniciar o tratamento da obesidade é necessário ter a guia de referência/contra-referencia, encaminhada através de um profissional de nível superior de Saúde da Rede Municipal de Macaé, informando que o paciente possui IMC acima de 40kg/m² e que por isso está sendo encaminhado para o Tratamento da Obesidade.

Asilo

O interessado ou a interessada deve ir à recepção do Asilo e informar que deseja participar do Programa de Tratamento da Obesidade. No dia agendado, comparecerá à palestra para ter conhecimento do funcionamento do tratamento, quando levará a guia de referência/contra-referência.

O obeso ou a obesa deverá fazer agendamento com nutricionista do programa, às quintas-feiras, das 7h30 às 12h ou das 13h às 18h. O procedimento se dá no Ambulatório, situado na Rua Luis Belegard s/n – Imbetiba. Fica no estacionamento das ambulâncias, ao lado do Asilo.

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