Aeroporto de Macaé vive a expectativa para a retomada do voos comerciais - Wanderley Gil

Deputado estadual encaminha ofícios a órgãos competentes pedindo providências para certificação da pista

Preocupado com a informação de que algumas instituições do município não conseguiram êxito para concluir o processo para fazer o Aeroporto de Macaé funcionar com voos comerciais, o deputado estadual Chico Machado (PDS), membro da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), disse que encaminhou ontem ofícios à Infraero, à Secretaria de Aviação Civil, à Anac – Agência Nacional de Aviação Civil e ao Ministro de Infraestrutura, solicitando que, com a máxima urgência, fossem tomadas providências para que a pista do Aeroporto de Macaé tenha a certificação liberada.

Chico Machado esclareceu que todos os esforços foram envidados para que o projeto de construção da nova estação de passageiros e a reforma da pista para pouso e decolagem de aeronaves de maior porte fosse concluído. Agora – frisou – esbarra na burocracia do poder público e vai dificultar a viagem de empresários para participar da 10ª Feira Brasil Offshore que acontecerá nos dias 25 a 29 de junho, no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho.

O deputado Chico Machado lembra que: “Há alguns anos, com a ameaça da crise no mercado que atingiu todos os setores, o município de Macaé sofreu as consequências do desemprego quando o barril do petróleo caiu do patamar de U$S 120 para menos de U$S 30,00. Mas como a Petrobras tem todas as unidades de exploração e produção sediadas em Macaé, e ficou conhecida como Capital Nacional do Petróleo, o município sentiu o forte impacto da crise. Muitos projetos necessários para consolidar a infraestrutura ficaram paralisados, apenas ganhando impulso quando as instituições como ACIM, Firjan, C&B, Amacon, Repensar Macaé, IADC, Abespetro, dentre outras, unidas, usaram toda a influência possível junto às autoridades estaduais e federais para reivindicar ações imediatas para completar as obras necessárias. Entre elas, a construção do Terminal de Passageiros e a reforma da pista de 1.200 metros do Aeroporto de Macaé, que concluídas, e o aeroporto concedido à iniciativa privada, ainda não podem servir de pouso e decolagem para a aviação comercial porque se a Infraero realizou as obras físicas, esqueceu de concluir o processo burocrático e não pediu a certificação da obra para a ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil, o que impede o uso do aeroporto, principalmente agora quando nos próximos 45 dias, Macaé estará servindo de vitrine para realizar a maior feira de petróleo do Estado do Rio, reunindo empresas do mundo todo. Considerada a terceira em importância quando se trata de petróleo e gás, com negócios estimados em cerca de R$ 300 milhões, ainda existem dificuldades que devem ser resolvidas”.

O deputado macaense que pretende ocupar a tribuna da Assembleia Legislativa para reiterar os ofícios enviados dia 30 às autoridades, lembra ainda que a Autopista Fluminense, apesar de ter projetado conpletar a duplicação dos 46 quilômetros que cortam o município de Macaé até agora não cumpriu a promessa e graves acidentes continuam acontecendo neste trecho. Também, a preocupação das pessoas com a segurança agora se volta para o trecho da BR-101, entre Niterói-Manilha, onde tem sido registrados uma série de assaltos, deixando as pessoas temerosas de viajarem fazendo o trajeto Rio de Janeiro-Macaé e vice-versa.

“Com a falta da certificação da obra da pista – disse Chico Machado – a Infraero e a ANAC estão impedindo que os empresários se desloquem de avião das capitais brasileiras para participarem da Feira Brasil Offshore em Macaé, razão que me leva a requerer da Infraero, da Anac, do Ministro de Infraestrutura, do governador Wilson Witzel e do próprio presidente Jair Bolsonaro, para que o processo de certificação da pista do Aeroporto de Macaé seja agilizado a fim de permitir que as empresas comerciais de Aviação possam utilizar o meio mais rápido e mais seguro com suas aeronaves para chegar a Macaé”.

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