A Controladoria-Geral da União (CGU) alertou o INSS ainda em 2024 sobre fraudes nos empréstimos consignados a aposentados e pensionistas. Auditoria revelou que 1 em cada 4 contratos era suspeito, com destaque para averbações não autorizadas. Mesmo assim, o governo manteve o sistema online que facilitava as irregularidades.

O relatório da CGU apontava falhas nos controles internos e registros com valores inconsistentes, o que prejudicava a fiscalização de juros e limites legais. “Grande parte dos registros apresentava inconsistências”, afirmaram os auditores. O sistema, segundo a CGU, tornava inviável o controle efetivo das operações.


Apesar das evidências, o ex-procurador do INSS, Virgilio Ribeiro de Oliveira Filho, tentou impedir o bloqueio da plataforma. Alegou que “idosos e pessoas de baixa instrução” seriam prejudicados se o acesso fosse presencial. O sistema, porém, foi mantido sob gestão do ministro Carlos Lupi, da Previdência.

Paralelamente, aposentados recorriam à Justiça contra empréstimos fraudulentos e descontos por filiações sindicais falsas. A Polícia Federal, com apoio da CGU, desmontou o esquema, derrubando a cúpula do INSS. Segundo a PF, as fraudes cresceram na atual gestão.