A conselheira Rosylane Rocha defendeu a autonomia do médico - (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados (Arquivo))

A médica Rosylane Rocha, conselheira do Conselho Federal de Medicina (CFM), negou que a instituição tenha elaborado qualquer tipo de recomendação 

A médica Rosylane Rocha, conselheira do Conselho Federal de Medicina (CFM), negou que a instituição tenha elaborado qualquer tipo de recomendação ou orientação para o governo federal ou o Ministério da Saúde acerca do enfrentamento da Covid-19 no Brasil.

Em depoimento à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, ela também defendeu a autonomia do médico na relação com o paciente, com liberdade para prescrever tratamentos conforme autorização do doente.

O Parecer 4/20 do CFM, publicado em abril do ano passado, foi um dos pontos de debate realizado nesta quinta-feira (4). O documento condiciona o uso de cloroquina e hidroxicloroquina a critério médico e consentimento do paciente.

“O parecer não recomenda nenhum tipo de prescrição, nem de cloroquina nem de hidroxicloroquina nem de nenhuma outra medicação. É preciso acabar com a narrativa de que o CFM está tendo posicionamento político, fazendo orientações para o governo, indicando medicações sem comprovação científica ou recomendando tratamento para Covid”, explicou a conselheira. “O que o CFM está fazendo é assegurar a autonomia do médico, seja para essas medicações e para tantas outras que antes da pandemia vinham sendo discutidas”, disse.

Ela ressaltou também que ainda não há certezas sobre a Covid-19 e não existe no mundo um tratamento protocolar indicado em caráter terminativo. Por isso, recomendou cautela e respeito à autonomia do médico.