O ministro da Economia, Fernando Haddad,e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva,durante anúncio e assinatura das primeiras medidas econômicas do governo, no Palácio do Planalto

De acordo com dados da Serasa Experian, somente no primeiro bimestre deste ano, 195 empresas no país já pediram proteção na justiça, um aumento de 60% em comparação com o mesmo período do ano passado.

A crise econômica no Brasil intensificada em 2023 tem levado empresas a enfrentar dificuldades no acesso ao crédito corporativo, em um cenário de juros altos, desaceleração econômica e instabilidade no mercado internacional. Diante dessa situação, muitas empresas estão recorrendo a renegociação de débitos, além de recuperação judicial e extrajudicial, para tentar sobreviver. No entanto, segundo analistas, as condições de crédito devem continuar duras pelo menos até o final do ano, o que dificulta ainda mais a operação das companhias brasileiras.

O Banco Central divulgou que a concessão de crédito para pessoas jurídicas em fevereiro foi 8,6% inferior ao mês anterior. O Goldman Sachs acredita que a situação deve piorar nos próximos meses devido ao alto nível de endividamento do consumidor, taxas elevadas e perspectiva de tombo da atividade econômica. Além disso, a crise na Lojas Americanas e no Grupo Petrópolis, dono da cerveja Itaipava, levaram a uma procura maior por recuperação judicial e extrajudicial.

De acordo com dados da Serasa Experian, somente no primeiro bimestre deste ano, 195 empresas no país já pediram proteção na justiça, um aumento de 60% em comparação com o mesmo período do ano passado. O economista Luiz Rabi, da Serasa, afirma que o crédito está mais caro devido ao aumento da inadimplência e ao juro alto. Diante desse cenário, muitas empresas têm tido dificuldade para rolar dívidas, enquanto aquelas que conseguem estão pagando juros pesados. Essa situação deve se manter até pelo menos dezembro.

Com informações do Estadão.

por Portal Novo Norte