Vereador que se prepara para retornar à secretaria de Educação se posiciona após desistir de concorrer vaga na Alerj
Há duas semanas, em carta aberta propagada pelas redes sociais, o vereador Guto Garcia apontou que “contradições” e decisões internas do seu partido, o MDB, forçaram a retirada do seu projeto a disputar vaga na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Hoje, ao se preparar para regressar ao cargo de secretário municipal de Educação, ele aponta que a sua desistência vai muito além que a batalha travada entre outros vereadores da cidade, pelo apoio do governo “da mudança”.
Ao dizer que não se sente atropelado pelas candidaturas que estão sendo costuradas pelos vereadores Welberth Rezende (PPS) e Julinho do Aeroporto (MDB), ambos nomes fortes da base aliada do governo na Câmara, Guto afirmou que a dificuldade em ganhar espaço dentro do próprio partido levou a sua desistência.
Com uma pressão direta de alianças junto as candidaturas dos herdeiros políticos do deputado estadual Jorge Picciani (MDB), que cumpre prisão domiciliar, e do ex-governador Sérgio Cabral, condenado pela Lava Jato por corrupção, Guto optou por retirar o seu projeto, que chegou a ser lançado pelas redes sociais e a mobilizar adesões espontâneas de membros do alto escalão do governo municipal.
Na carta, Guto chegou a citar a pré-candidatura de Julinho como um dos fatores de desistência do seu novo projeto político, mas agora declara que os nomes Picciani/Cabral ainda são um peso dentro do MDB difíceis de serem carregados.
Nas prévias das convenções partidárias deste ano, Guto chegou a ensaiar uma migração para o PSB, partido que chegou a negociar a sua candidatura a vereador em 2016. No entanto, por nova pressão interna da legenda, ele acabou preso ao MDB, partido abandonado pelo prefeito desde o mês passado.