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A missão é facilitar o ingresso dos estudantes no mercado de trabalho

 

O Brasil atingiu a marca de mil empresas juniores em 2019. Todas elas, juntas, alcançaram um total de 23 mil projetos nesse ano. A ação dessas empresas beneficia tanto os estudantes quanto a população, uma vez que a sua principal característica é prestar serviços em áreas diversificadas, para a comunidade à sua volta, com valores até 40% menores do que os serviços tradicionais.

Essas instituições desenvolvem-se dentro de universidades, públicas e privadas, sendo a maioria dos serviços prestados por microempresários e pessoa física. Atualmente, há 182 universidades no Brasil, distribuídas nas 27 unidades federativas. Os valores finais são destinados a feiras e eventos estudantis.

O presidente da Brasil Júnior, confederação que representa as empresas juniores no Brasil, Renan Nishimoto, explica a dificuldade ainda encontrada pelas juniores. “As empresas juniores têm o desafio de receber mais confiança e estímulo da sociedade”, uma vez que o trabalho das empresas enquadradas nesse perfil não tem reconhecimento e, algumas, sofrem com a desconfiança do cliente por ser uma empresa composta por jovens em formação universitária.

A EPR Consultoria, do curso de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é um exemplo de empresa júnior atuante no mercado. Há 18 anos a EPR atende em todo o país, inclusive multinacionais. Em seu histórico de atuações, acumula cases de sucesso, entre os quais destaca-se o projeto desenvolvido para a emergência de um hospital brasileiro. A partir da consultoria prestada pela equipe dessa empresa júnior, o tempo de espera na emergência passou de quatro horas para cinquenta minutos.

Além desse, outro exemplo é o caso do Instituto Federal do Tocantins – IFTO Campus Palmas. A Agro Júnior Consultoria, em um dos seus cases de sucesso, fechou um projeto em conjunto com a Fundação Banco do Brasil (FBB), em julho deste ano, para prestar consultoria para práticas agroecológicas aplicadas no ambiente do campo.

Na ação, foi possível validar um modelo hidropônico para ser utilizado por comunidades de baixa renda no município de Palmas-Tocantins, utilizando a energia solar; implantar unidade demonstrativa contínua de produção hidropônica e aquapônica; viabilizar, potencializar e fortalecer a geração de renda a agricultura familiar e capacitar comunidade de baixa renda, discentes e agricultores familiares na produção agroecológica.

“O Brasil tem potencial gigantesco, mas não está preparado para as empresas juniores, essa plataforma que conecta universidades e mercado”, afirma Nishimoto.