A operação em questão é um esforço humanitário responsável por acolher cidadãos venezuelanos que buscam refúgio no Brasil devido à grave crise em seu país de origem

Em recente declaração via X, plataforma sucessora do Twitter, o ex-presidente Jair Bolsonaro trouxe à tona a interrupção, por parte do governo atual, na divulgação de dados sobre a Operação Acolhida. A operação em questão é um esforço humanitário responsável por acolher cidadãos venezuelanos que buscam refúgio no Brasil devido à grave crise em seu país de origem. Bolsonaro vinculou a decisão do governo Lula à tentativa de proteger a imagem de Nicolás Maduro, líder venezuelano, e a influência do Foro de São Paulo, que ele critica por promover um projeto de poder que, segundo ele, está impactando a América Latina e outras regiões.

Seguindo a linha do debate político, o ex-presidente Bolsonaro enfatizou a conexão entre os eventos políticos na América Latina e a solidariedade do Foro de São Paulo com regimes autoritários. Sua crítica se direcionou ao que ele chama de “sistema que destrói tudo por onde passa” e à repartição do que é obtido às custas do povo entre os membros do Foro. Esse comentário busca ressaltar uma suposta unidade ideológica e prática entre os países alinhados com o Foro, ligando essa questão ao manejo das informações sobre a Operação Acolhida.

As alegações de Bolsonaro encontram fundamento em um relatório da Gazeta do Povo, destacado na sua publicação, que aponta a solicitação de Celso Amorim, atual assessor especial do governo Lula e ex-ministro em governos anteriores do PT, por uma abordagem mais discreta em relação à operação que já acolheu mais de 112 mil venezuelanos. A reportagem destaca o impacto dessa política sobre a percepção pública da crise venezuelana e o papel do Brasil enquanto nação acolhedora.