Situado na Rua Benedicto Lacerda, 134 (Pororoca), a via foi batizada em homenagem ao grande chorão macaense Benedicto Lacerda, reconhecido internacionalmente como um dos ícones do chorinho e grande parceiro de Pixinguinha. (Na foto acima Wallace Agostinho)

1° Festival de Sambas Inéditos do Bico da Coruja acontecerá no próximo dia 12 de fevereiro, a partir das 20h

Caminhando para os seus 36 anos de samba, choro e animação e ostentando uma trajetória que mistura o amor pela música e o prazer do convívio entre amigos, o tradicional bar e restaurante Bico da Coruja promove o 1° Festival de Sambas Inéditos.

O evento vai rolar em clima de grande animação no próximo dia 12 de fevereiro, a partir das 20h. Esta primeira edição do Festival de Sambas Inéditos do Bico da Coruja contará com cerca de 14 compositores com suas composições inéditas, apresentando seus talentos.

O Bico da Coruja é o reduto do chorinho e do samba da cidade, que celebra 36 anos de atividades, compondo um bela página da história de Macaé. Paralelamente, está em evidência naquele espaço o expressivo grupo que leva o mesmo nome, e que embala a animação da comunidade, abrilhantando o local sempre às quartas-feiras.

O seu proprietário, Wallace Agostinho, é figura tradicional e querida pela população macaense, e o Bico é hoje o maior ponto de reunião de músicos do samba e choro de Macaé.

Lapa macaense

Assim, próximo a praia do Forte e ao Mercado de Peixes, bem na ‘Pororoca’, o Bico da Coruja é apontado como um pedacinho da Lapa na nossa cidade, reunindo amigos que toda quarta- feira fazem suas tradicionais rodas de choro e samba.
Há mais de 36 anos ali se reúne a nata do choro macaense. Começou de forma despretensiosa, onde os amigos se reuniam na rua Benedicto Larcerda e faziam rodas para tocar cavaquinho, pandeiro, violão e bandolim mas a “brincadeira” dos chorões ficou séria e formaram um grupo homônimo ao bar, o grupo já tem dois CD’s gravados e várias composições criadas.

Situado na Rua Benedicto Lacerda, 134 (Pororoca), a via foi batizada em homenagem ao grande chorão macaense Benedicto Lacerda, reconhecido internacionalmente como um dos ícones do chorinho e grande parceiro de Pixinguinha.

Reduto do Choro

Macaé, terra de Benedicto Lacerda e de Viriato Figueira da Silva, precursores do choro, por tradição passou a preservar este reduto tradicional de choro e samba. O Bico da Coruja começou de forma despretensiosa, onde os amigos se reuniam e faziam rodas para tocar cavaquinho, pandeiro, violão e bandolim, mas a “brincadeira” dos chorões ficou séria e formaram um grupo homônimo ao bar. E por la, o clima é descontraído e alegre e o ponto de encontro atrai outros músicos e grupos de Macaé e arredores.

Os versos de uma das músicas mais tradicionais do Bico resumem um pouco desse lugar especial de Macaé. “Quem chega no Bico da Coruja encontra uma roda de bambas.” O local respira boa música e com um clima completamente diferente.

Vários motivos contribuem para o tradional êxito do Bico da Coruja, incluindo a sua peculiar gastronomia, além de ser o ponto de encontro para um bom papo e divertimento. Neste sentido, um dos pratos de maior sucesso do local é a tradicional Sardinha na Pressão, que só o dono Walace Agostinho tem a receita. Os sabores são acentuados pelo prazer delicioso do som de chorinho e samba, que estão sempre no cardápio. O proprietário do bar ressalta que a qualidade do que se ouve interfere diretamente nas pessoas que frequentam o local.

“A própria qualidade da música seleciona as pessoas que vão ao Bico. Aqui, o nível é alto e isso atrai pessoas que gostam desse tipo de música. Não pode falar alto para não atrapalhar, tem que se comportar direitinho”, conta Walace.

Bico da Coruja

O proprietário do Bar Bico da Coruja, Walace Agostinho, lembra com satisfação da fundação do espaço, que foi batizado por um amigo seu, Tidinho Monteiro (já falecido). E segundo Walace, desde o início o Bico da Coruja vem atraindo talentos da música, abrindo suas portas para os apaixonados pelo chorinho e samba de raiz.

E com o passar dos anos, a sua proposta inicial não se desvirtuou. Ao contrário. Lá se reúne a nata dos chorões de Macaé, todos amantes da boa música e amadores, curtindo a união harmônica do cavaquinho, pandeiro, violão e bandolim, produzindo o melhor som da cidade.