Autoridades vão se reunir neste sábado para debate da violência sexual contra menores de idade, no Centro de Convenções de Macaé - Foto Wanderley Gil

Professores, conselheiros tutelares, representantes do CRAS, CREAs, policiais civis e militares e guardas municipais, trocam experiências durante seminário de prevenção neste sábado (23)

No Brasil, a violência sexual é a quarta violação mais recorrente contra crianças e adolescentes. Segundo dados do Ministério da Saúde, a maioria dos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes ocorrem em casa. O relatório diz que entre 2011 e 2018, o país teve um aumento de 83% nas notificações gerais de violências sexuais contra crianças e adolescentes, e segundo boletim epidemiológico de julho de 2018, no período foram notificados 184.524 casos de violência sexual, sendo 58.037 (31,5%) contra crianças e 83.068 (45%) contra adolescentes.

No Estado do Rio de Janeiro quase 25 mil crianças e adolescentes foram vítimas de violência em 2017. Estes dados são do Instituto de Segurança Pública (ISP) do Estado do Rio de Janeiro e fazem parte do Dossiê Criança e Adolescente divulgado em 2018.

Para discutir esse tema, o delegado da Polícia Civil, Clayton Bezerra e o deputado federal Felício Laterça, discutem neste sábado (23), a partir das 8h30 min, no Centro de Convenções Roberto Marinho, em Macaé, o seminário de prevenção de abuso e violência sexual contra crianças e adolescentes. Serão capacitados nesse encontro, professores, conselheiros tutelares, policiais civis e militares, guardas municipais e representantes do CRAS, já que esses profissionais são os primeiros a lidar com as vítimas.

Para o deputado federal Felício Laterça, o objetivo deste encontro é promover estratégias de comunicação e ação que tratem da questão, com esclarecimentos, mensagens educativas e até reuniões que possam definir e propor políticas públicas, visando minimizar e até mesmo anular o risco social e a exploração sexual infanto juvenil.

As autoridades afirmam que, a maioria das ocorrências, tanto com crianças quanto com adolescentes, ocorre dentro de casa e os agressores são pessoas do convívio das vítimas, geralmente familiares. O estudo também mostra que a maioria das violências é praticada mais de uma vez.

“A proposta é orientar esses profissionais que, direta ou indiretamente estão mais ligados às vítimas na hora do atendimento e também de identificar comportamentos diferentes”, destacou o delegado Clayton Bezerra. Os participantes receberão certificado de capacitação.