Silvinei Vasques explicou que o incremento no efetivo policial durante o período eleitoral foi uma resposta às solicitações dos 27 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e do próprio TSE, que buscavam garantir a segurança e o direito de ir e vir dos eleitores.

Silvinei Vasques, ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF), revelou em seu depoimento à Polícia Federal (PF) que o aumento das blitz no segundo turno da eleição presidencial de 2022 ocorreu a pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ex-diretor da PRF, atualmente detido por suposta tentativa de impedir eleitores nordestinos de chegar aos locais de votação em outubro do ano passado, explicou que o incremento no efetivo policial durante o período eleitoral foi uma resposta às solicitações dos 27 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e do próprio TSE, que buscavam garantir a segurança e o direito de ir e vir dos eleitores. Segundo Vasques, o maior aumento de abordagens ocorreu em Roraima, com um aumento de 26%, seguido pelo Amapá, com 24%. Até o momento, o TSE não se pronunciou sobre essa declaração.

Além disso, no decorrer do depoimento, a PF questionou Silvinei Vasques sobre sua suposta relação de amizade com o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o senador Flávio Bolsonaro. O ex-chefe da PRF negou manter relações pessoais com ambos e afirmou que sua interação com os Bolsonaros se restringe ao âmbito profissional. Vale ressaltar que Vasques também mencionou que quando o então presidente Bolsonaro solicitou a liberação das rodovias durante protestos, a PRF atuou prontamente, reduzindo 80% dos bloqueios, em uma demonstração de sua colaboração com o governo naquele momento.

A investigação em curso apura se Silvinei Vasques agiu para impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio, prevaricação, condescendência criminosa e estender injustificadamente a investigação, procrastinando-a em prejuízo do investigado ou fiscalizado.