Diante de terceira interdição do Inea, resíduos domésticos poderão ser transportados para o aterro de Macaé
Lacres e os avisos na entrada do Aterro Sanitário, formaram uma fila de caminhões de coleta de lixo. O acesso foi permitido apenas para transportes-tanque que retiram esgoto. O local recebe até 190 toneladas de lixo ao dia, o que, pela terceira, vez foi interrompido. Em vários bairros em frente as residências sacos de lixo estão expostos. Sem a permissão de entrada dos caminhões no aterro, toda a coleta de lixo da cidade permanece comprometida. Desta vez o motivo foi a autorização pela prefeitura do município, ou seja, a prefeitura publicou no Diário Oficial no último dia 10, que estaria habilitada de gerenciar resíduos sem a comunicação do Inea.
O Centro de Tratamento de Resíduos Sólidos chegou ao limite de capacidade para receber lixo doméstico. Os caminhões depositavam a demanda no aterro e depois era transportado para o Centro de Tratamento de Resíduo em Macaé.
Com a interdição, nenhum material está sendo recebido, apenas retirado do aterro de Rio das Ostras. Júlio Leitão é gestor ambiental e ele explica que após emitir um licenciamento sem a vistoria do órgão competente, existe crime ambiental.
O documento publicado em Diário Oficial no dia 10 de fevereiro do ano passado justifica o ato através de um convênio formado com o Inea para executar intervenções no local. Termo que para o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de Rio das Ostras, Rodrigo Jorge, é irregular.
Os aterros sanitários não devem conter lixo a céu aberto, a presença de catadores é proibida e o solo deve ser compactado e impermeabilizado com uma manta com um tipo especial de plástico para não causar danos ao lençol freático.
A prefeitura de Rio das Ostras chegou ser a notificada pelo Inea em 2019, após serem constatados vazamento e chorume, que podem contaminar o solo freático. A assessoria de comunicação informou que a regularização da coleta de lixo será normalizada em breve.