Na época, a instituição não identificou elementos que comprovassem a ocorrência de crime, seguindo um parecer similar do Ministério Público
A Arquidiocese de São Paulo anunciou nesta terça-feira (23) pelo arquivamento definitivo da investigação sobre o Padre Julio Lancellotti, relacionada a uma acusação de conduta imprópria em chamada de vídeo com um menor. A decisão ocorre após o envio de material pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Milton Leite (União Brasil), reacendendo o caso que havia sido analisado previamente em 2020. Na época, a instituição não identificou elementos que comprovassem a ocorrência de crime, seguindo um parecer similar do Ministério Público.
No comunicado, a liderança católica em São Paulo reforçou a ausência de provas concretas que sustentassem a acusação, mencionando a análise do Ministério Público em 2020 que resultou no arquivamento da denúncia. A Igreja também sinalizou que permanece aberta a reconsiderar sua posição diante de eventuais novas evidências que possam surgir relacionadas ao caso.
A controvérsia envolve ainda o vereador Rubinho Nunes (União Brasil), que impulsionou a criação de uma CPI para investigar ONGs no centro de São Paulo, tendo Lancellotti como um dos focos. Após a iniciativa, sete vereadores recuaram do apoio à comissão, em meio a debates sobre a motivação e o direcionamento das investigações.
Nunes, por sua vez, defende a legitimidade das acusações, apoiando-se em uma análise pericial que confirmaria a veracidade do vídeo, o qual foi encaminhado a diversas autoridades judiciais e eclesiásticas.
