Segundo analistas do Citi, existe uma probabilidade de 40% de que a Apple adquira a Netflix, agora que o corte de imposto corporativo foi aprovado nos Estados Unidos pelo presidente Donald Trump. Juntamente com o abono único, que permitirá às empresas repatriarem o dinheiro armazenado no exterior sem ter que pagar grandes impostos, o corte fará com que a Apple tenha mais dinheiro para comprar outras companhias.
Em uma nota enviada aos clientes em dezembro, os analistas Jim Suva e Asiya Merchant classificam a Netflix como uma meta de fusão e aquisição em potencial da Apple. Dentre outras empresas que a Maçã gostaria de comprar, também estão a Disney, com uma probabilidade entre 20 e 30%, as empresas de games Take-Two, Electronic Arts e Activision com 10%, e Tesla e Hulu com os menores percentuais.
Embora o iTunes tenha sido um grande sucesso para a Apple, os usuários da plataforma cada vez mais estão migrando para serviços de TV e filme como Netflix, Amazon ou Hulu, deixando para trás a empresa da maçã no quesito serviços de streaming de vídeos, o que torna plausível a ideia de adquirir a Netflix futuramente.
Recentemente, em vias de alcançar as grandes plataformas nesta corrida, a Apple também apostou na produção de uma nova temporada para a premiada série antológica Amazing Stories, assinada por Steven Spielberg e que foi ao ar nas TVs americanas entre 1985 a 1987.
De acordo com Suva e Merchant, a Apple tem quase US$ 250 bilhões e vem crescendo US$ 50 bilhões por ano. Por anos, eles sempre evitaram repatriamento de dinheiro, a fim de evitar pagar uma alta tributação em cima deste valor. Porém, com a reforma tributária, a empresa da maçã enfim poderá colocar esses números em uso. “Com mais de 90% de seu dinheiro no exterior, um imposto de repatriação de 10% dá a Apple US$ 220 bilhões para fusões e aquisições ou recompras”, diz a dupla. De acordo com os dois, a Maçã precisaria de apenas um terço desse dinheiro para adquirir a Netflix.