Polícia Civil de Rio das Ostras procura por criminosos que atiraram contra mulher no bar, após reagir a assalto

Daniela Silva Estevão foi localizada na manhã desta quarta-feira (26), no bairro Nova Esperança

A Polícia Militar do 32° Batalhão de Polícia Militar (BPM) localizou uma mulher identificada como Daniela Silva Estevão, de 24 anos – suspeita de roubo -, na manhã de quarta-feira (26), no bairro Nova Esperança, em Rio das Ostras. Segundo a PM, Daniela foi localizada através do disque-denúncia, após a irmã dela – identificada como Danielle Estevão, de 26 anos, que é esteticista, ser presa por engano há 12 dias, em Duque de Caxias.

No fim da tarde de quarta-feira (26), após a prisão da Daniella, policiais da 128ª DP de Rio das Ostras, descobriram que Daniella não possuía mandado de prisão. Segundo agentes da PM, os contatos foram feitos com a delegacia da capital para tomadas de medidas cabíveis.

As irmãs são semelhantes fisicamente, ambas são morenas e usam cabelos pretos. As coincidências param por aí. Danielle Estevão, trabalha de segunda à sábado como esteticista, em um salão de beleza de Magé, na Baixada Fluminense. E, para aumentar a renda familiar, ainda faz ‘bicos’ como garçonete.

Já a irmã, a Daniella Estevão, se envolveu em dois assaltos a lojas de celulares. Por um equívoco na investigação policial, segundo o advogado João Vicente Cordeiro de Oliveira, que defende Danielle, sua cliente teve a foto reconhecida como se fosse à irmã, que havia sido flagrada por uma câmera de segurança durante um dos roubos

Entenda o caso

Em julho de 2018, ela teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, no lugar de Daniella. Sem saber que era uma “foragida”, Danielle compareceu, no último dia 7 de junho na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) para prestar depoimento na morte de uma parente.

Danielle Estevão Fortes, segundo defesa, foi presa por engano.Só após receber a voz de prisão, a irmã inocente descobriu que seu mundo havia desabado. Desde então, está à disposição da Justiça, no presídio Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo do Gericinó, na Zona Oeste do Rio.

Segundo a família de Danielle, ela não sabia o motivo da prisão. Ao ser informada de que se tratava do cumprimento de um mandado de prisão por roubo, ela chorou e disse que não tinha nada a ver com o crime.

A defesa de Danielle entrou com um habeas corpus com um pedido de liminar para que a prisão fosse revogada. Para isso, inseriu no pedido documentos como fotos da verdadeira autora do roubo e a localização do GPS do telefone de Danielle, no dia 26 de julho de 2018, que apontava que ela estava em Magé, na hora em que um dos assaltos aconteceu.O argumento foi aceito pelo Ministério Público e o juiz da 2ª Vara Criminal de Caxias revogou a prisão.

No entanto, a esteticista não pôde ser liberada, já que havia um outro mandado de prisão pelo segundo assalto, que estava em uma vara criminal diferente. Um recurso foi feito ao desembargador de plantão no Tribunal de Justiça, no último dia 12, mas o pedido de liberdade acabou não sendo aceito. Apesar das alegações feitas pela defesa de Danielle, sua irmã ainda não havia sido localizada pela polícia. Para a família das duas irmãs, não há dúvida de que houve um engano.

Os assaltos que motivaram a investigação da Polícia Civil ocorreram em julho de 2018. Nos dois casos, segundo a defesa de Danielle, existiria a participação da irmã da esteticista. Um dos assaltos ocorreu no dia 26 de julho de 2018, numa loja de celulares do bairro Vinte e Cinco de Agosto, em Caxias. Na ocasião, foram levados pelo menos 38 celulares e dois notebooks. A ação ocorreu depois que um homem e uma mulher bateram na porta do comércio, como se fossem pedir uma informação. Quando uma funcionária abriu a porta, ela foi rendida.