Descuido do poder Executivo causou espanto para moradores e parlamentares da Câmera que flagraram água parada, lixos e entulhos
Diante de várias reclamações por parte de moradores e até mesmo de parlamentares da Câmara Municipal, a prefeitura de Macaé realizou uma ação de limpeza e estuda planejamento de reforma e manutenção na Escola Municipal Elza Ibrahim, no bairro da Ajuda de Baixo.
Há dois anos, o local tem servido de criadouro para o Aedes aegypti, que é transmissor de doenças como a dengue. A coloração da água da piscina era assustadora – marrom esverdeada -, é a reprodução das algas que tomaram o local. A água da chuva, segundo os moradores, tem se acumulado até semana passada.
De acordo com Arnaldo de Souza, a piscina estava abandonada pela prefeitura há muito tempo. “Então, toda época de chuva, a piscina enche e fica assim e o povo reclama e nada era feito”, disse.
O fato causou espanto assim que o vereador Robson Oliveira (PSDB) entrou no local e viu de perto o abandono e conversou com os moradores da localidade. O caso chegou a ser discutido na sessão da Câmara.
Vale lembrar que, no início de 2016 em uma das vezes que foi procurada pela redação do Jornal, a prefeitura havia informado que no local seria construído uma quadra poliesportiva. Uma realidade que, para quem reside nas proximidades do colégio, parece estar distante de acontecer.
“Nos últimos tempos temos recebido apenas promessas, e execução de obras que é bom, nada. Muitas escolas estão precisando de uma atenção especial, mas nada é feito. Aqui, por exemplo, os alunos vêm estudar em uma escola que pode estar com criadouro de dengue. Todos sabemos que o mosquito transmissor da doença gosta de água parada, justamente como está aqui na piscina”, disse outro responsável.
O descaso do local por parte do poder público chamou a atenção também, principalmente, porque o próprio órgão municipal aponta em notas emitidas à imprensa que está atuando em prol do combate ao mosquito transmissor da dengue e pede aos munícipes que também façam sua parte.
“Eles pedem para que façamos nossa parte, cuidemos de nosso quintal, mas assim como a quadra da escola que já está há bastante tempo com água parada, outros locais públicos como obras em construção que seguem abandonadas também são locais que funcionam como criadouro para o mosquito”, disse uma mãe.
Ao lado da piscina abandonada tem uma quadra poliesportiva, que era utilizada pelos estudantes. Hoje, o local é ocupado por cadeiras e mesas escolares abandonados. Lixos e entulhos tomaram conta do espaço. A instituição de ensino atende cerca de 300 alunos, e hoje os moradores que residem no bairro correm o risco de pegar dengue, chikungunya ou zica vírus. Quem mora no local se preocupa com o descaso do poder público que há anos vem deixando a desejar.
Em nota, a prefeitura de Macaé informou que, a Superintendência de Infraestrutura, da Secretaria de Educação, informou que a escola passará, em breve, por reforma geral, obra que está sendo tratada na Secretaria de Obras. A nota diz ainda que, até que este processo seja iniciado, a unidade de ensino, bem como as demais da rede municipal, recebem manutenção rotineira. A Escola Municipal Elza Ibrahin recebeu equipe para a retirada de entulho e limpeza da piscina.