Moradores da Rua 1, no bairro Planalto da Ajuda, questionam a demora da retirada dos escombros deixados pela prefeitura desde o mês de março
Uma área que há dois meses era ocupada por 8 famílias, totalizando quase 40 pessoas, na comunidade Planalto da Ajuda, deu lugar a um depósito irregular de lixo. Há desde detritos domésticos a entulho de construção civil, colchões, sapatos e sofás.
Moradores aguardam a remoção dos entulhos provenientes da demolição dos imóveis que estavam em uma área irregular devido a passagem da instalação de gasoduto da Petrobras e também por causa da torre de energia da Enel.
A demolição foi feita pelo poder Executivo em duas etapas, nos meses de fevereiro e março, porém os escombros não foram retirados e o questionamento dos moradores se estende devido a proliferação de ratos e até mesmo esconderijo de traficantes.
“Agentes da prefeitura vieram aqui, fizeram um dia de trabalho, retiraram o que eles puderam naquele dia, e disseram que voltariam para retirar os entulhos. Só que dois meses se passaram e nada foi recolhido”, comentou uma moradora que preferiu não se identificar.
A comunidade diz que o prazo inicial para a limpeza do local era de 20 dias, o que não foi cumprido.
As famílias se mudaram para um residencial e o acesso ao terreno é livre, pois não há placa e nem cerca. Por conta dos inúmeros objetos que podem acumular água, o terreno tornou-se alvo para o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e vírus da zika.
Dezenas de famílias continuam morando no local e, além de incomodadas com a sujeira, a vizinhança está preocupada com a saúde. “Está aparecendo muito bicho, rato, barata”, afirma uma das moradoras.
O jornal o DEBATE entrou em contato com a assessoria de comunicação da prefeitura, mas até o fechamento desta edição não recebemos nenhuma resposta.