Presidente afirmou ser preciso mudar forma de divulgação de julgamentos na Corte para evitar animosidades com magistrados

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, foi defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em meio a críticas direcionadas aos votos que foram considerados conservadores. Sem mencionar diretamente o ministro, Lula defendeu a implementação de votações secretas na Corte, onde as posições individuais dos magistrados permaneceriam ocultas, revelando apenas o resultado final dos julgamentos. Segundo o presidente, “a sociedade não deve ter acesso ao posicionamento de um ministro da Suprema Corte”.

Lula argumentou que muitas vezes os ministros enfrentam hostilidades devido às suas opiniões durante a análise de casos, e ele acredita que é necessário promover mudanças no sistema judicial brasileiro para evitar esses conflitos. Ele expressou sua preocupação de que, se nada mudar, os ministros da Suprema Corte possam se tornar alvos de hostilidades públicas devido às decisões que tomam.

Nesse contexto, após completar um mês desde sua nomeação como ministro, Cristiano Zanin passou a enfrentar desconfiança entre aqueles que inicialmente o apoiaram, visto como um indicado pessoal do presidente. Ele recebeu críticas de grupos progressistas por seu voto contrário à descriminalização da maconha e também foi alvo de críticas da comunidade LGBTQIAP+ por sua posição contra a equiparação de ofensas a esse grupo à injúria racial nas leis criminais.