Após uma auditoria realizada na semana passada, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) anunciou a interdição da plataforma P-53, localizada na Bacia de Campos. A medida vem na esteira de uma auditoria minuciosa conduzida pela agência reguladora, revelando preocupações significativas com relação à segurança e conformidade operacional da unidade.

A plataforma P-53, que tem sido uma peça fundamental na produção de petróleo na região, agora se encontra paralisada enquanto as autoridades e a Petrobrás se mobilizam para resolver as questões levantadas durante a auditoria.

A diretoria do Sindipetro-NF entrou em contato com a Petrobrás para obter mais informações sobre a interdição, que informou ter recebido o auto da ANP no dia 26 de fevereiro. A interdição teve como base a identificação de fragilidade no monitoramento de alguns RTIs – Recomendação Técnica da Inspeção – tipo B, que tem prazo determinado para resolução.

A Petrobras informou ao sindicato que já havia interrompido a produção da P-53 no dia 22, último, para tratamento imediato das mesmas e que existia uma Parada Programada planejada para Abril para a quitação dessas RTIs.

Como condicionantes citadas pela ANP para o retorno da Unidade Marítima, estão a verificação de estudos de propagação de incêndio, aplicação de proteção passiva em reparos temporários, quitação de desvios no sistema de CO2, reposicionamento de detectores de gases, abrangência de acidente e treinamentos em padrões.

O coordenador do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, expressou preocupação com a situação, ressaltando a importância de priorizar a segurança dos trabalhadores e do meio ambiente em todas as operações petrolíferas. “Esta interdição ressalta a necessidade de vigilância constante e investimentos contínuos em infraestrutura e práticas operacionais seguras”, declarou Tezeu.

Habitabilidade

Paralelo a essa interdição, o Sindipetro-NF recebeu denúncia de péssimas condições de habitabilidade da P-53, inclusive com fotos, com camarotes sem limpeza e higienização, falta de alimentos, acúmulo de lixo nas salas e camarotes, sistema de ar condicionado sujo e péssimo estado de manutenção dos camarotes com ferrugem e espelhos quebrados. Tudo isso ferindo o que determina a NR-37.

O Sindipetro-NF permanece vigilante, garantindo que os interesses dos trabalhadores em relação à saúde e segurança sejam protegidos em todas as circunstâncias.

Por SindiPetro NF