O ex-governador do Rio Anthony Garotinho publicou nesta terça-feira (30) em seu blog pessoal que será candidato ao governo do Estado. “Não existe plano B. Não estou correndo atrás de um cargo e sim de um sonho. Serei o governador da esperança, da justiça, da paz. Agora ou vai ou racha”, disse.
Garotinho esclareceu situações importantes e afirma que está preparado para tirar o Estado do Rio da falência, como fez em 1999 após o Governo Marcello Alencar, e que suas três prisões no ano passado foram uma vingança do grupo de Sérgio Cabral e Picciani pelas denúncias que fez à Procuradoria da República em Brasília.
“Serei candidato a Governador. Com respeito aos demais pretendentes, nenhum dos nomes colocados tem o conhecimento para tirar o estado dessa situação de calamidade e descontrole que Cabral e Pezão meteram o Rio. É preciso preparo, conhecimento e maturidade. Estou pronto para esse desafio”, contou.
Com seu estilo contundente e firme o ex-governador desafia seus adversários. Ele não teme que sua prisão prejudique sua campanha. “Está claro para a população que a perseguição contra mim tem origem no grupo do ex-governador Sérgio Cabral e em setores que denunciei e ainda não foram alvos de investigação. Querem me calar, me intimidar, mas não conseguirão. Mostrem uma fazenda, uma mansão, conta no exterior ou qualquer sinal de enriquecimento ilícito da minha parte. Não mostram, pois não existe, minha honestidade já foi testada e comprovada”.
Anthony Garotinho deixou o Partido Republicano (PR-RJ), por considerar que o partido hoje é uma sucursal do governo Michel Temer. Ele ainda não decidiu por qual partido irá concorrer ao cargo de Governador do Estado.
“Não vou vender meus princípios a nenhuma sigla. Ainda não sei qual partido irei me filiar. Vou decidir essa questão depois do Carnaval. Até lá vou ouvir meus companheiros e principalmente ouvir o povo. Fiz um compromisso comigo mesmo, não irei para nenhum partido que tente sufocar minha rebeldia contra essa profunda desigualdade que vivemos”, finalizou.
Prisão do ex-governador
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, suspendeu em dezembro passado a prisão preventiva do ex-governador Anthony Garotinho (PR), apontado como líder de uma organização criminosa.
Garotinho foi preso em novembro sob acusação de crimes como corrupção, participação em organização criminosa e falsidade na prestação de contas eleitorais entre os anos 2009 e 2016. A prisão foi pedida pelo Ministério Público Eleitoral do Rio de Janeiro (MPE-RJ), decretada pelo juiz da 100ª Zona Eleitoral de Campos dos Goytacazes, Glaucenir Silva de Oliveira, e mantida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-RJ).