Carro alegórico com a reprodução da imagem do diabo no Carnaval de 2007 - Desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, em transmissão ao vivo da Rede Globo - Foto: Reprodução

A informação é do site de notícias Splash, na platafora UOL, e dá conta de que a Rede Globo vendeu apenas uma das cinco cotas disponíveis para o patrocínio do Carnaval 2023.

O prejuízo é calculado com base nos valores comercializados em 2022 e leva em conta os custos deste ano e os valores que a emissora tem que repassar para as escolas de samba.

“Em 2022, a Globo comercializou suas cotas de Carnaval por R$ 42,2 milhões. Nada indica que algo tenha mudado nas cifras, mesmo porque a Ambev apenas renovou o contrato. Mas os custos seguem enormes. Do valor da cota vendida, 20% fica com a agência a título de BV (bônus por volume, gratificação comum no mercado publicitário), o que significa menos R$ 8,44 milhões. Em São Paulo, cada escola também irá receber R$ 700 mil fixos. As 14 escolas são uma conta de R$ 9,8 milhões.

Há mais contas. Se a Globo vendesse todas as cotas comerciais, o valor das escolas poderia chegar a até R$ 20 milhões em São Paulo. Vendendo apenas uma de cinco cotas, é reduzido, mas ainda gira em torno de R$ 2 milhões a serem pagos adicionalmente para as escolas de SP.

Após esses descontos, restaria para a Globo algo próximo de R$ 22 milhões. Mas ainda existe toda a conta do Carnaval carioca. Cada agremiação carioca recebe cerca de R$ 2 milhões da Globo. O saldo de R$ 22 milhões é pequeno em vista dos R$ 24 milhões a pagar para as escolas cariocas.

A conta fica ainda pior se considerarmos os impostos e custos de engenharia e transmissão, também na casa de milhares de reais. O Carnaval é um “pesadelo” de horas extras e alimentação das equipes trabalhando na avenida. Obviamente, se a Globo vender mais cotas, a conta muda. Mas com apenas uma cota comercializada, o prejuízo é certo e milionário.”

A matéria lembra ainda que a Globo perdeu, por exemplo, a transmissão de eventos esportivos, como o futebol. 

Citamos aqui, o campeonato paulista que ficou com a Record TV, e o carioca, com a Band, ambos no sinal aberto.

E há ainda o duro golpe na saída das Lojas Americanas, a principal patrocinadora do BBB, após o escândalo do rombo de R$ 43 bilhões.

As próprias escolas de samba também sentiram o golpe, pois a cota mínima fixada pela Globo para distribuição a cada uma delas, na faixa de R$ 700 mil, é a metade do que se pagava antes. O máximo que conseguiram, aliás, após tentar vender a transmissão para outras emissoras que não toparam chegar sequer próximo disso.

Assim, o Carnaval vai perdendo força no país, na medida em que a Globo vai perdendo status, audiência e credibilidade.

Sinal de que o brasileiro está cansado de festa e lacração, e quer mesmo é trabalho e progresso.

Não tem mais ‘Globeleza’… a realidade agora é “Glodureza”!

Por Jornal da Cidade Online