Ministro diz que não existe uma ‘bala de prata’ para baratear o gás no Brasil e critica os custos de transporte

O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta segunda (22/4) que não existe uma “bala de prata” para baratear o gás natural no Brasil. E defendeu que é preciso “passar um pente fino” no preço da molécula, para ver onde é possível reduzir os custos e, assim, torná-la mais competitiva.

O vice-presidente da República pregou senso de urgência na redução dos custos do gás, ao dizer que o preço do gás no Brasil “é caro e tem tudo para piorar”, diante da perspectiva de declínio da importação de gás da Bolívia.

“Quando uma equação é muito difícil, não tem bala de prata. É uma cesta de questões. Temos que pegar o preço do gás e fazer um pente fino nele”, disse Alckmin, ao participar de evento conjunto entre MDIC, Movimento Brasil Competitivo (MBC) e Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o diagnóstico da abertura do mercado de gás.

O ministro criticou, nesse sentido, os custos do transporte de gás no país – setor que, durante os governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), foi parcialmente privatizado, com a venda do controle da Transportadora Associada de Gás (TAG) e Nova Transportadora do Sudeste (NTS), da Petrobras para a iniciativa privada.

“No Brasil, privatizamos e as coisas ficam mais caras. Não é para isso que se privatiza. É preciso ter marco regulatório bem feito e fiscalização”, discursou.

Na semana passada, durante participação na gas week, evento realizado pela agência epbr, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já havia afirmado que, a partir da conclusão dos estudos do Gás para Empregar, o governo avalia medidas para reduzir os custos da infraestrutura de gás – incluindo também o escoamento e processamento.

Por EPBR