O clima se manteve acirrado durante as eleições gerais em Macaé. Com celulares em punho, muita gente estava preparada para “flagrar” fraudes ou atentados contra a lisura do pleito. Mas, apesar de muitos questionamentos e reclamações, o processo transcorreu dentro da normalidade esperada pela Justiça Eleitoral, que conseguiu manter o equilíbrio, mesmo durante uma das eleições mais concorridas da história deste país.

Força

E foi do eleitorado macaense a força necessária para garantir a vitória de três nomes importantes da política local: Christino Áureo (PP) e Felício Laterça (PSL) irão compor a Câmara dos Deputados. Já Welberth Rezende (PPS) passou pelo crivo das urnas e representará a cidade na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Nascida na cidade, Soraya Santos (PR) garantiu a reeleição para o Congresso.

Apoio

Com mais de 17 mil votos conquistados em Macaé, Welberth Rezende (PPS) conseguiu repetir o bom desempenho nas urnas, conquistando um feito semelhante ao ser o vereador mais votado da cidade em 2016. Com o apoio oficial de outros quatro parlamentares, Welberth assume um novo patamar em sua trajetória política no município. Vale destacar que isso representa também um mérito próprio, além do esforço dos aliados.

Positivo

Mesmo não eleitos, Chico Machado (PSD), Julinho do Aeroporto (MDB), Marcel Silvano (PT) e Luiz Fernando (PTC), que concorreram a vagas para a Alerj, tiveram um bom desempenho nestas eleições. Com isso, esses três nomes se consolidam para a sucessão, tanto da Câmara, quanto para o governo municipal, nas eleições de 2020. Chico obteve mais de 30 mil votos. Marcel, pouco mais de 9,4 mil. Já Julinho chegou à marca dos 10 mil. E Luiz Fernando, quase 6 mil. Parabéns a todos.

Abstenção

Cerca de 25% do eleitorado aptos a participar do pleito deste ano, na cidade, não compareceram às urnas. E o número de votos brancos e nulos (22%) também representou o tamanho da rejeição da população macaense às eleições deste ano. É bom destacar que os números sofrem os efeitos da crise, da dinâmica do petróleo e também da insatisfação geral com a política. Quase 120 mil macaenses foram às urnas no domingo (7).

Trânsito

O principal problema relatado pelos eleitores da cidade foi a grande confusão no trânsito durante todo o dia de votação. O transtorno era ainda maior próximo às principais seções da cidade, como os colégios do Centro, do Parque Aeroporto e da Aroeira. Denúncias de boca de urna foram devidamente apuradas pela Justiça Eleitoral. Apreensão de materiais também foram registradas, mas sem grandes impactos à lisura do pleito.

Acesso

Falando em problemas, muitos eleitores reclamaram também da acessibilidade nos locais de votação. No Colégio Luiz Reid, as seções que concentram o maior número de pessoas idosas foram transferidas para o prédio anexo, situado no final do amplo terreno situado no Centro. O deslocamento foi bem difícil para algumas pessoas. Uma eleitora que anda com o auxílio de bengala desistiu de registrar seu voto.

Câmara

A grande expectativa agora é com os discursos que serão apresentados nesta terça-feira (9), na sessão ordinária da Câmara. Com a ressaca das eleições, alguns parlamentares irão apontar a dificuldade de convencer o eleitor a ter consciência sobre a necessidade de renovação nas futuras composições da Alerj e do Congresso. Com um vitorioso na Casa, o parlamento também terá motivos para comemorar.

Preferidos

O segundo turno para as eleições de governador e presidente ocorrerá no dia 28. Em Macaé, Jair Bolsonaro (PSL) e Wilson Witzel (PTC) foram os mais votados na batalha pela presidência e pela gestão estadual. Com isso, há de garantir que ambos voltem a ser os preferidos do eleitorado mais uma vez. Vale destacar que o histórico de Witzel, ex-juiz federal e aliado de Bolsonaro, o fez ser a grande surpresa nestas eleições, no Rio.