Imaginem: uma empresa de terceirização de mão de obra possui 100 colaboradores, que prestam serviços em diferentes regiões de uma cidade. Não é possível acompanhar o deslocamento desses funcionários, por isso, quando o cliente liga dizendo que algum profissional não compareceu, é difícil justificar essa ausência ou até mesmo resolver a situação de forma rápida, enviando outro profissional. E essa é só uma das dores desse setor.
É claro que algumas mudanças já estão acontecendo, como a flexibilização da Lei da Terceirização que possibilitou que essas empresas respirassem mais aliviadas ao facilitar a contratação de terceiros, impulsionando o crescimento do setor. O desafio agora é acompanhar esse avanço, mas, para isso, é preciso superar as deficiências que ainda existem quando falamos sobre fornecer mão de obra.
O uso da tecnologia torna-se essencial nesse cenário e deve ser considerado como uma vantagem de mercado. Hoje, já existem diferentes ferramentas que podem ser aplicadas ao setor, como softwares que fazem a gestão e análises de contratos e conseguem apontar a rentabilidade de cada um. O uso de planilhas tradicionais não permite uma visão 360° do negócio e muitas vezes informações importantes para o crescimento da empresa podem passar despercebidas.
Outra facilidade que a tecnologia entrega é o controle do deslocamento dos funcionários, por meio de aplicativo, evitando perdas de contrato por inadimplência e facilitando o gerenciamento e cobertura de faltas, além de direcionar, de forma estratégica, a alocação da mão de obra, com maior aproveitamento dos funcionários.
No Brasil, esse segmento tem crescido a cada ano e a retomada da economia significa avançar ainda mais pela procura de terceiros, pois grandes projetos precisam de mais pessoas envolvidas. É necessário, portanto, enxergar a tecnologia como uma aliada para impulsionar esse crescimento e melhorar a experiência e satisfação do cliente. Com processos melhor definidos e uma gestão interna automatizada, é possível ter colaboradores mais motivados e novos contratos assinados.
* Eduardo Pires é diretor do Segmento de Serviços da TOTVS