Na reta final da campanha, mobilizações pró e contra o discurso bélico, de ideologia de direita, que enfrenta o mais triste cenário político da história nacional, marcam o desfecho de uma eleição histórica, não pelo formato de inovação e de mudanças, mas sim de não garantir respostas diretas aos anseios da população.
Com as pesquisas indicando que todos os candidatos possuem mais rejeição que o percentual de intenção de votos do eleitorado, há de consolidar que o embate político com olhos focados na presidência da República não alcançará o apelo por novas posturas e pela defesa à democracia, que qualquer “cidadão de bem” espera atualmente.
E apesar do nível da campanha já ter atingido o fundo do poço, eis que os 13 presidenciáveis ainda seguem a estratégia de ataques mútuos, e de embates sem profundidade, que visam mais desconstruir as imagens de salvadores da pátria, remoendo agruras que nada ajudam a reconfigurar a república federativa brasileira.
Com um candidato recém saído do hospitsl e um ex-presidente preso, as eleições migram de novo para a polarização de ideais que, muito de longe, se assemelham ao complexo processo eleitoral dos Estados Unidos. E seria melhor se o futuro do Brasil fosse definido através de apenas dois partidos, antagônicos, porém distintos.
Em um lado bastante obscuro das eleições, é preciso também estar atento ao desfecho do resultado que definirá a composição dos parlamentos estadual e federal, casas que detém definitivamente o poder de comandar o Brasil.
Mediante aos fatos que marcaram o desempenho dos poderes Legislativo dos últimos anos, onde prisões, cassação de mandatos e denúncias de corrupção, reconfiguraram as cadeiras da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e da Câmara dos Deputados, não restam dúvidas de que este seria o momento certo para que a sociedade dê a resposta significativa para a recuperação da autoestima de um país que, mesmo em frangalhos, ainda é capaz de suportar tantas desavenças.
Faltando menos de uma semana para a apuração da opinião do eleitorado, o futuro do país segue em jogo, não pelo que se espera de um processo eleitoral transparente, mas sim por opiniões distorcidas, que irão se pulverizar assim que a faixa de presidente for passada por um personagem tão folclórico da política nacional quanto o próximo que está por vir.