Setembro Amarelo expõe crise em assistência no município

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Líder da Frente Parlamentar alerta sobre colapso no sistema público terapêutico contra o suicídio

Na abertura das ações focadas no Setembro Amarelo, dedicadas ao combate ao suicídio, o líder da Frente Parlamentar Macaé Melhor, Maxwell Vaz (SD), expôs o colapso registrado hoje no sistema de assistência terapêutica, de responsabilidade da prefeitura.

Segundo Maxwell, faltam médicos e medicamentos para garantir o atendimento de saúde mental e o tratamento para pacientes diagnosticados com depressão. “Não é possível ir em um posto de saúde mental e não ter médico, de falta de receita. Tivemos dois casos de suicídio porque os pacientes não encontraram a assistência adequada na rede pública. O dinheiro da cidade só é usado para fachada. As pessoas querem atenção e acolhimento. Vamos visitar o Centro de Saúde Mental, na Imbetiba, atrás do Lar de Maria, que só funciona porque existem servidores abnegados e sensibilizados com as pessoas que os procuram”, disse Maxwell.

O vereador criticou a ação do governo em firmar contrato para aluguel de hotel na Imbetiba, com objetivo de atender jovens universitários, como resposta a um caso de suicídio de um aluno do campus local da UFRJ. “Que proposta de Saúde Pública é essa, que está no município, que não atende as pessoas? Tivemos um caso de suicídio de um jovem na cidade, um estudante universitário.

O governo fez mobilização e fez cortina de fumaça diante de um caso grave, que constrange os alunos. Alugaram um hotel que está fechado até hoje. De cada 10 casos de suicídio, nove poderiam ser evitados. Com auxílio profissional, não com aluguel de hotel. De 2000 a 2015 os casos de suicídio aumentaram 65% em crianças e adolescentes. Isso é muito grave”, apontou Maxwell.