Depois de o Partido dos Trabalhadores, incansável, tumultuar todo o ambiente judicial até que o ex-presidente Lula, condenado e sujeito a cumprir a pena de 12 anos e um mês, após julgamento em segunda instância, fosse encarcerado na sede da Polícia Federal em Curitiba, se tornando inelegível, os militantes petistas em vez de buscar alternativas, fizeram do ambiente da prisão, um comitê eleitoral, com o propósito de lançar seu nome como candidato nas eleições de outubro.

Enquanto essa novela continuava inovando nos capítulos seguintes, e a afirmação de que Lula poderia ser candidato a presidente – mas na verdade a lei não permite e todos sabem disso – por estar inelegível, outros postulantes ao cargo iniciavam também a caminhada rumo ao Planalto. Com isso, quem saiu na frente, como Bolsonaro, por exemplo, acabou ganhando notoriedade, enquanto o PT queria Lula como candidato. A Operação Lava Jato foi um Deus nos acuda e atingiu a maioria da classe política e empresarial. O tempo passou e as consequências naturais do fim de um processo foram se tornando conhecidas, ou seja, absolvido ou condenado.

Lula deu azar e foi condenado. Tem muitos que respondem a processos e outros investigados em inquéritos. Agora, é bem simples explicar. A lei é dura, mas é lei. Para ser candidato, o postulante deve atender a todas as exigências legais. E. no final, comparecer às convenções, assinar o livro de atas e também a autorização para ser candidato. Como, Lula na cadeia, conseguiu fazer tudo isso? O PT continua provocando e agora o Tribunal Superior Eleitoral tem que decidir.

Nestes dias que esta coluna circula, muitos prós e contras continuarão tumultuando o processo. E são 13 (o número do PT), os candidatos que disputam o cargo de Presidente da República. A partir do dia 31 até 4 de outubro, todos estarão na telinha dando seus recados, mas e Lula? Está chegando a hora de algumas mudanças e os eleitores vão ter a oportunidade de escolher o futuro.

Falta representação

Todos sabem há muito que o município de Macaé, quando não respirava o cheiro do ouro negro, além de disputar o turismo com Cabo Frio, tinha sua economia baseada na pecuária e na indústria de açúcar e álcool. Até a emancipação de Conceição de Macabu, o território macaense tinha as usinas Victor Sencer, a de Carapebus e em Quissamã a Cia Engenho Central, a primeira na América do Sul a ser dotada de energia elétrica. Mas, naquele tempo – décadas de 50, 60 e 70 – Macaé tinha como representante no Congresso Nacional o Senador Vasconcelos Torres e o deputado federal Edilberto Ribeiro de Castro. E estadual, Antonio Curvelo Benjamin, apenas para lembrar o período antes da Petrobras.

A partir de 1970, com a eleição do ex-prefeito Claudio Moacyr, ele se tornou líder e célebre, conseguindo manter-se ponto de referência estadual no município, até que chegou a Petrobras no fim da década e a busca pelo ouro negro a ponto de Macaé ter um hotel com este nome. A “briga” boa da boa política, chegou a passar um bom tempo apenas representada pela liderança de Claudio Moacyr na Alerj e Marcio Paes na Câmara dos Deputados, até que na década de 90, o município chegou a contar com cinco parlamentares: Alcides Ramos, Carlos Augusto de Paula, Miriam Reid, Paulo Antunes e Claudio Moacyr. Agora, voltamos a ter cerca de 10 novos candidatos para a Alerj e outros para a Câmara dos Deputados. Todos sabem que a campanha com tempo curto e sem dinheiro fica difícil, a não ser quando se tem apoio de prestígio, como deve ocorrer. Após a fase de registro e impugnações, voltaremos a destacar este assunto que é de interesse geral.

PONTADA

Depois de sair do (P) MDB, deixando o partido à deriva, o prefeito Aluízio Junior atuou para desbancar a candidatura de Guto Garcia enquanto o novo coordenador, empresário André Longobardi, abraçou a candidatura de Julinho do Aeroporto. Para quem não sabe, a rádio corredor informa que o prefeito já foi atrás de Eduardo Paes, egresso do MDB e agora no DEM.

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Enquanto isso, Chico Machado apoiando Índio da Costa, mobiliza seus militantes para o lançamento oficial de sua candidatura para a Alerj, nesta segunda-feira (20), às 19 horas, no Quenzas Hall. Outro que começa a percorrer o Estado de norte a sul e de leste a oeste é o vereador Welberth Rezende, com o apoio de Comte Bittencourt e Dr. Eduardo Cardoso que lideram o PPS aqui e no Estado.

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O presidente do Peru, Martin Vizcarra, entregou uma proposta de reforma constitucional para acabar com a reeleição no Legislativo e recriar o Senado. Reação a um escândalo que revelou, em julho, a sistemática venda de sentenças por juízes, o projeto inclui mudanças institucionais além do Judiciário e, para entrar em vigor, depende de aprovação popular num referendo.

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Até domingo.