Ele também acusa o ministro Alexandre de Moraes de ter controle sobre as decisões judiciais acima da Lei.
Áudios do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, foram revelados pelo site da revista Veja em 21 de março de 2024. Nas gravações, feitas após 11 de março, Cid relata ter sido pressionado a incriminar Bolsonaro e critica o ministro do STF, Alexandre de Moraes, por supostos abusos de poder. A origem e a veracidade dos áudios ainda não foram esclarecidas.
Em uma conversa datada após seu depoimento à Polícia Federal, Cid expressa que foi instigado a confirmar informações que, segundo ele, eram falsas: “Eles queriam que eu falasse coisa que eu não sei, que não aconteceu”. Ele desabafa sobre a pressão sofrida, afirmando que sua versão dos fatos era constantemente rejeitada: “Você pode falar o que você quiser… Eles não queriam que eu dissesse a verdade”.
Cid menciona que lhe foi sugerido que ele poderia enfrentar graves acusações criminais: “Vacina, por exemplo, você vai ser indiciado por 9 tentativas de falsificação de vacina, vai ser indiciado por associação criminosa… Só essa brincadeira são 30 anos pra você”.
Ele também acusa o ministro Alexandre de Moraes de ter controle total sobre as decisões judiciais: “O Alexandre de Moraes é a lei. Ele prende, ele solta quando quiser, como ele quiser”. Cid conclui seus relatos alertando para as severas consequências de não cooperar com as autoridades, mencionando riscos de longas penas de prisão ligadas a acusações diversas.
Essa divulgação intensifica o debate sobre a conduta das autoridades judiciais e a pressão em investigações, apontando para uma complexa dinâmica de poder e justiça no Brasil.
Por portal Novo Norte