A detenção ocorreu no último domingo (25), sob a alegação de que faltava de visto de trabalho, o que não é exigido pela legislação brasileira
O jornalista português Sérgio Tavares, que foi detido pela Polícia Federal brasileira ao desembarcar no país para cobrir uma manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, contou detalhes do episódio em entevista à Revista Oeste nesta terça (27).
A detenção ocorreu no último domingo (25), sob a alegação de que faltava de visto de trabalho, o que não é exigido pela legislação brasileira. Tavares descreve o episódio como surreal, apesar de antecipar potenciais problemas devido a suas críticas políticas ao governo Lula e ao STF publicadas em redes sociais.
Durante sua retenção no aeroporto, Tavares foi interrogado sobre suas opiniões políticas e sobre o evento de 8 de janeiro, sem que fosse claramente informado sobre o motivo de sua detenção.
A situação ganhou o mundo após uma videochamada de Bolsonaro, que prometeu ajuda. Após várias horas, Tavares foi liberado, com a Polícia Federal justificando posteriormente a detenção pela ausência de visto de trabalho, uma razão que o jornalista refuta.
Após ser liberado, Tavares participou de eventos com políticos brasileiros e recebeu apoio de diversas personalidades, tanto no Brasil quanto em Portugal. Ele expressou sua intenção de publicar um relatório detalhado sobre o incidente após retornar a Portugal, levantando preocupações sobre a vigilância de jornalistas críticos pelo governo brasileiro.
Este incidente destaca a tensão entre a liberdade de imprensa e as ações do governo Lula e do judiciário. Tavares criticou a falta de apoio da imprensa portuguesa e enfatizou a importância do jornalismo independente para revelar verdades que muitas vezes são omitidas pelos meios tradicionais.
Ele afirmou que, apesar dos obstáculos, não será silenciado e continuará seu trabalho de reportagem, destacando sua conexão com o povo brasileiro e seu compromisso com a transparência e a democracia.
Por portal Novo Norte