Sua trajetória no STF começou em 2006, quando foi indicado por Lula, então presidente.
Ricardo Lewandowski, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) por 17 anos, foi confirmado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Justiça e Segurança Pública. O “presente”, oficializada nesta quinta-feira, veio depois de uma longa trajetória no STF que foi marcada por decisões que frequentemente favoreceram o Partido dos Trabalhadores (PT) e Lula.
Sua trajetória no STF começou em 2006, quando foi indicado por Lula, então presidente. Na época, Lewandowski era desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo. Ele ganhou notoriedade nacional ao presidir o julgamento do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff no Senado em 2016.
Na ocasião, ele endossou uma divisão de votações que resultou na remoção de Dilma da presidência, mas manteve sua habilidade de participar da vida política, permitindo sua candidatura ao Senado em 2018.
Em eventos judiciais como o julgamento do mensalão, Lewandowski se posicionou a favor de figuras centrais do PT, como o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente do partido, José Genoino, apesar de estar na minoria. Seus embates com o relator Joaquim Barbosa, que o acusava de defender os réus, foram momentos significativos de sua atuação no STF. No contexto da Operação Lava Jato, suas decisões também favoreceram Lula, influenciando diretamente no rumo dos processos judiciais.
Além disso, em 2018, durante o período eleitoral que culminou na vitória de Jair Bolsonaro, Lewandowski autorizou uma entrevista de Lula para a Folha de S.Paulo, apesar da decisão ter sido posteriormente anulada.
Já em 2023, pouco antes de se aposentar, ele tomou uma decisão de derrubar a quarentena imposta pela Lei das Estatais, facilitando a nomeação de políticos e militantes para cargos em empresas públicas, uma medida alinhada aos interesses do atual governo Lula.