Os líderes das organizações afirmam que o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã esteve colaborando com o Hamas desde agosto, em um plano que envolveria ataques aéreos, terrestres e marítimos.
Líderes dos grupos terroristas Hamas e do Hezbollah afirmaram neste domingo (8) que o Irã desempenhou um papel fundamental na orquestração dos ataques surpresa contra Israel. De acordo com um relatório divulgado pelo jornal americano Wall Street Journal, autoridades de segurança iranianas teriam aprovado o plano do Hamas durante uma reunião em Beirute, na semana passada. Os líderes das organizações afirmam que o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã esteve colaborando com o Hamas desde agosto, em um plano que envolveria ataques aéreos, terrestres e marítimos.
Apesar das alegações feitas pelos líderes do Hamas e do Hezbollah, autoridades dos Estados Unidos manifestaram reservas quanto ao envolvimento direto do Irã nos recentes ataques a Israel. O secretário de Estado, Antony Blinken, declarou à CNN que, até o momento, não foram apresentadas provas concretas de que o Irã tenha dirigido ou orquestrado esses ataques específicos, embora tenha reconhecido a existência de uma relação de longa data entre o Irã e os grupos extremistas. Essa incerteza tem gerado tensões crescentes no cenário internacional.
Em resposta aos ataques do Hamas, o governo israelense anunciou oficialmente o estado de guerra, marcando a primeira declaração desse tipo desde a Guerra do Yom Kippur, em 1973. O embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan, acusou o Irã de estar por trás dos ataques, afirmando que representantes iranianos na região buscaram coordenar seus esforços com os grupos extremistas. Até o momento, mais de 1.100 pessoas perderam a vida desde o início dos confrontos, incluindo centenas em Israel e na Faixa de Gaza, marcando um período de grande instabilidade na região.